A Mealhada adianta que vai avançar para o estudo dos modelos de negócio e exploração da futura Plataforma Logística da Pampilhosa.
O Município fala em “novas orientações” da União Europeia para o desenvolvimento da Rede Transeuropeia de Transportes que colocam a Plataforma como Terminal Rodoferroviário Principal neste conjunto de infraestruturas e de gestão de transportes.
A Câmara da Mealhada, em associação com os Portos de Aveiro e da Figueira da Foz, vai lançar o concurso para a elaboração do estudo dos modelos de negócio e de exploração da futura Plataforma Logística da Pampilhosa (PLP), que, na região e a par de Alfarelos, será um dos equipamentos classificados como principais no país em matéria de distribuição e transporte de mercadorias.
Os trabalhos para o estudo integram, entre outros, a definição do modelo operacional da PLP, identificação e análise de benchmarking das plataformas logísticas ibéricas, estudo de mercado da PLP, proposta de estudo prévio, identificação e caraterização das infraestruturas e superestruturas a construir, definição do modelo de exploração, opções de financiamento e elaboração de estudos de viabilidade económico-financeira.
No quadro da infraestrutura de transportes e aplicações telemáticas, bem como as medidas destinadas a promover a gestão e utilização eficientes dessa infraestrutura, o concelho da Mealhada, através daquela estrutura da Pampilhosa, faz parte do Corredor Atlântico da Rede Principal (core network), a concluir até 2030, com um total de nove corredores em toda a Europa.
“Este é um projeto que se arrasta há muitos anos e que já sofreu muitas alterações, mas de há dois anos a esta parte ganhou força e uma nova dimensão, graças à nossa insistência por acreditar que o projeto é estratégico para a Região Centro, daí termos criado esta parceria com os Portos de Aveiro e da Figueira da Foz”, disse António Jorge Franco, presidente da Câmara da Mealhada, apontando que aquele protocolo de entendimento “foi fundamental para colocar este assunto na agenda local, nacional e da Europa”.
O autarca acredita que aquele objetivo tem agora “todas as condições para avançar”, até porque “encaixa-se perfeitamente nas metas da União Europeia quanto à redução das emissões líquidas de gases com efeito de estufa em, pelo menos, 55 % até 2030, em comparação com os níveis de 1990”.
E defende que “é vital para aquelas metas a criação destes portos secos, que privilegiam o transporte ferroviário, tirando o transporte de mercadorias das nossas estradas”.