A Garcia, Garcia foi selecionada pela Eurocast para cumprir o projeto no eco parque empresarial de Estarreja. A segunda unidade industrial da multinacional francesa em Portugal representa um investimento global de 50 milhões de euros e permite criar 170 postos de trabalho em Estarreja. Sabe-se que a área de produção terá mais de 21.000 m2, tornando-se esta na maior fábrica do grupo, que marca presença em nove países, de três continentes.
A maior fábrica do Grupo GMD é desenvolvida por uma construtora que construiu também o Centro de Investigação e Desenvolvimento de Aveiro da Bosch Termotecnologia. A unidade de Estarreja será uma fundição injetada de alumínio para componentes automóveis, cuja produção terá igualmente como destino a indústria automóvel nacional e internacional.
Com forte implementação em França e presença em mais oito países – Portugal, Espanha, Alemanha, Roménia, Eslováquia, Rússia, Marrocos e China – o Grupo GMD é líder no mercado europeu no processamento de metal plano de corte e estampagem, na produção de peças de injeção de plástico e termoformagem, na fundição de alumínio e na fabricação de vedações estáticas e dinâmicas.
Com um volume de negócios de 650 M€ e uma força de trabalho de 3.700 pessoas distribuída por 30 localizações, visa com as novas instalações de Estarreja reforçar a capacidade produtiva para fazer face ao crescimento no mercado que tem vindo a evidenciar.
Tendo iniciado os trabalhos de construção este ano, a Garcia, Garcia teve de concluir em apenas três meses 12.000 m2 da área de produção. “Para corresponder às necessidades operacionais e produtivas da Eurocast era um pré-requisito da obra este prazo de execução para a área de implementação de maquinagem, de modo a arrancarem os testes de produção. A restante zona de produção terá de estar concluída em outubro”, justifica a administração da empresa.
Para concretizar este desafio da construção, foi definida uma solução estrutural em betão, sendo que, de forma a acelerar os processos construtivos, e, assim, promover a rapidez da implementação estrutural da obra, toda a zona de produção será construída com recurso a estruturas de betão pré-fabricado.
Além disso, para permitir a maximização da área útil interior e a eliminação de obstáculos físicos estruturais nesta parte da área de produção, potenciando a flexibilidade e adaptabilidade do layout industrial às necessidades da empresa, foram definidos apenas nove pilares interiores (malha estrutural de 25x33). Por outro lado, a restante área produtiva (9.000 m2) foi preparada para receber pontes rolantes de elevada capacidade.
O edifício desenvolve-se em três áreas funcionais distintas: social e administrativa, produtiva e técnica. Localizada no piso térreo, a zona de produção industrial subdivide-se numa área de 9.000m2 onde serão implementadas prensas e numa outra de 12.000m2, já concluída, para maquinagem. Funcionalmente operam num único espaço, apenas com compartimentações para espaços técnicos e pequenos gabinetes de apoio.
Por sua vez, o bloco social e administrativo, localizado a norte da unidade, organiza-se em duas áreas distintas: administrativa e social, distribuídas por dois pisos. Esta organização, definida em fase de projeto, permite a sectorização funcional do edifício, com duas entradas distintas, promovendo a funcionalidade e adequação dos espaços.