A indústria cerâmica confirma interesse na transição digital.
E é no consumo de energia que as empresas mais se concentram num setor marcado pelo trabalho intensivo a cada 24 horas.
É uma das áreas que demonstra interesse na nova etapa do projeto piloto SHIFTo4.0, ontem apresentada, com o objetivo de apoiar e acelerar a transição das empresas para a economia 4.0.
IAPMEI, ISQ, Universidade de Aveiro, CTCV e TecMinho, anunciaram o lançamento da plataforma SHIFT2Future em linha de continuidade com o projeto de digitalização industrial.
Através desta plataforma, as PME poderão aceder ao projeto, fazer o diagnóstico da sua empresa e avaliar as suas capacidades, permitindo aos empresários com conhecimento e ferramentas úteis, enfrentar e ultrapassar os novos desafios da digitalização.
Através do seu registo na área reservada é possível ter acesso a referenciais de orientação, “Case Studies”, “Boas Práticas” e outras ferramentas auxiliares que aumentam o conhecimento das empresas e as ajudam a definir um plano de ação e investimentos a realizar para aumentar a sua maturidade digital e consequentemente a sua eficiência e competitividade.
Paulo Almeida, diretor geral da empresa Primus Vitoria, de Aveiro, admite que a fatura energética é um dos pontos de interesse pelo esforço de descarbonização (com áudio)
Este projeto dirige-se a PME dos setores de moldes e plásticos; pedra; cerâmica e vidro; têxteis e calçado; automóvel, aeronáutica e metalomecânica; IT e IoT; turismo ou agroalimentar, e incorpora um conjunto de ações como diagnóstico de maturidade digital, ações de informação, sensibilização e capacitação, entre outras.
Esta ferramenta já foi usada por mais de 300 empresas, esperando-se um crescimento significativo nos próximos 2 anos, e todas obtêm um relatório com linhas orientadoras para melhorar o caminho a seguir rumo à Indústria 4.0.
Sofia David, Diretora Geral Adjunta do Centro Tecnológico da Cerâmica e do Vidro (CTCV), referiu como importantes as parcerias para o incremento da formação e deu como exemplo recente um curso criado com a Universidade de Aveiro para a formação de quadros intermédios. Renovar e formar são apostas deste setor (com áudio)
De acordo com Francisco Sá, presidente do IAPMEI, “esta é uma ferramenta poderosa para que as empresas se posicionem em termos de maturidade digital e possam, mediante a análise dos resultados obtidos no seu diagnóstico, desenhar um plano de transformação estruturado para o futuro e enfrentar com confiança a economia 4.0”.
Francisco Sá salientou ainda que “no IAPMEI, quer de forma isolada, mas cada vez mais, em parceria com especialistas de diversas áreas, como é o caso deste projeto, procuramos identificar as reais necessidades das empresas e responder com a disponibilização de produtos e soluções, que julgamos úteis para o reforço da sua capacidade de captação de tendências e mercados, quer sejam públicos ou privados, e em consequência da definição de estratégias empresariais mais inovadoras e competitivas, conseguindo um melhor nível de aproveitamento das oportunidades que vão surgindo”.
Através da plataforma shift2future, as PME podem manifestar o seu interesse em integrar este projeto, a ferramenta está online e em breve serão anunciadas as datas dos primeiros workshops previstos para abril, maio e junho.