A subida das taxas de juro e a instabilidade são apontados como fatores a criar dificuldades adicionais a empresas que, sendo fortes na produção, sentem constrangimentos na gestão das dividas bancárias.
Conhecida a apresentação do plano de recuperação da Extrusal, surgem exemplos de unidades industriais que procuram assegurar condições para manter a sua atividade sem constrangimentos.
Um dos casos mais mediáticos à escala internacional é a multinacional Teka que tem uma unidade na zona industrial da Mota.
O refinanciamento tem centrado as preocupações da Teka, em Espanha, mas em Portugal as perspetivas são mais otimistas.
Em Portugal, a unidade garante que terminou 2023 com reforço da liderança e, apesar de ligeira quebra nas vendas, ficou próxima dos máximos de vendas registados no ano anterior.
Em declarações ao Eco, jornal de economia online, o CEO, Luís Leitão, explica que a pressão decorre da instabilidade internacional.
“É sabido que 2023 foi um ano extremamente desafiante para a indústria de eletrodomésticos, não apenas para a Teka, mas para todo o setor. Foi um ano em que estivemos a lutar contra a queda do mercado, a inflação, a subida das taxas de juros e a instabilidade política”.
O CEO da Teka Portugal assegura que a unidade de Ílhavo, com cerca de 300 trabalhadores, está empenhada em continuar a crescer de acordo com o plano estratégico definido até 2027.
Tendo como marca forte o centro de competência na área da exaustão.
Luís Leitão lembra que o grupo alemão tem no país “uma das suas principais delegações e é um dos mercados com maior expressão”.
“Por isso, a aposta contínua no nosso país não será uma questão”.