A Comissão de Trabalhadores da Renault CACIA lamenta o recurso da Renault Cacia ao lay-off depois dos lucros exponenciais evidenciados em 2017 e 2018.
Em nota divulgada esta segunda, a organização que representa os trabalhadores faz um sumário do processo das conversações do mês de Março.
No dia 17 de Março, a empresa solicitou uma reunião de emergência com a organização representativa dos trabalhadores, com a intenção de parar a produção devido à pandemia.
“A Comissão de Trabalhadores em discussão e reflexão com empresa, após entender a preocupação e gravidade da situação, acordou que a produção iria ser suspensa entre os dias 18 de Março até ao dia 29 de Março, composta por 4 dias de férias e 4 dias de Bolsa de Horas. Surpreendentemente, a Administração da empresa decretou de forma unilateral a decisão de impor mais dois dias de Bolsa de Horas (dias 30 e 31 de Março) e entrar em regime de lay-off simplificado todo o mês de Abril”.
Esta medida não colhe o apoio da Comissão de Trabalhadores que considera “incompreensível e lamentável a atitude da Administração, porque a mesma para além de ter tido lucros excepcionais, foi anunciado 150 Milhões de euros do Estado Português através do Portugal 2020 em 2016”.
Afirma que apresentou à administração um conjunto de propostas alternativas, que não penalizasse o rendimento dos trabalhadores.
“Consideramos que a decisão da Administração não teve em conta o esforço e a dedicação de quem produz a riqueza, sendo que uma vez mais, foi desvalorizada toda a compreensão que os trabalhadores tiveram numa altura tão complexa das suas vidas”.