O futuro do Beira-Mar em discussão no Tribunal de Anadia com o Plano de Recuperação votado em assembleia de credores.
Esse plano prevê uma redução do passivo de 5,7 milhões para 456 mil euros com perdões e um plano de pagamentos para duas décadas.
O maior esforço no perdão da dívida é pedido a vários ex-dirigentes do Beira-Mar, nomeadamente José Cachide, Caetano Alves, Carlos Nuno Pereira, Mano Nunes, Manuel Simões Madail e Artur Filipe, que em conjunto reclamam quase 2 milhões de euros por empréstimos concedidos ao clube e a empresa espanhola Inverfutbol, que tem um crédito de 500 mil euros da gestão protagonizada em Aveiro.
O município de Aveiro, maior credor do clube, reclama cerca de um 1,5 milhões de euros mas sabe-se que há acordo para acerto de contas. É uma das questões sensíveis uma vez que todo o processo de mudança de estádio e a criação de infraestruturas depende da decisão que será tomada esta terça.
Há também acordo com a autoridade tributária para pagamento de 270 mil euros em 150 prestações mensais.
O clube aveirense é credor da SAD reclamando 3,1 milhões de euros mas com o fim do futebol profissional deixou de ter a possibilidade de recuperar esse valor.
Este é considerado o dia decisivo no processo de refundação do clube. Nuno Quintaneiro Martins, antigo presidente adjunto e um dos elementos que negociou o plano, espera que os antigos dirigentes possam ser mola nessa refundação com o seu voto favorável (com áudio).
A Assembleia de Credores está marcada para as 14h30 no Tribunal de Anadia.