Anadia confronta-se com a possibilidade de ter mais vinha destruída para evitar a destruição de mais habitações nas duas propostas alternativas apresentadas pela IP para a passagem do traçado de alta velocidade no município.
Este foi, em resumo, o ponto sensível do encontro realizado esta semana e que vincou a oposição da autarquia.
Desta vez, num encontro presencial com o vice-presidente do Conselho de Administração da Infraestruturas de Portugal, Carlos Fernandes, a equipa da IP terá deixado transparecer que o Eixo 4 - Alternativa 1 é a que, de entre todas, deverá ser a opção escolhida pela Agência Portuguesa do Ambiente, dado que apresenta menor impacto na construção do traçado, na afetação de habitações, penalizando, contudo, mais áreas de vinhedos.
Esse impacto na vinha é questão sensível colocando em cima da mesa questões como os valores das compensações e indemnizações em todo o processo inerente às expropriações e o impacto económico na atividade do setor vitivinicola e enoturismo.
A presidente da Câmara Municipal de Anadia, Maria Teresa Cardoso, encerrou a sessão, reiterando a posição desfavorável do Município em relação aos traçados propostos da Linha de Alta Velocidade, sublinhando os efeitos negativos de tal construção para o concelho.
A autarca realçou ainda o parecer emitido pelo executivo municipal, assim como a moção aprovada pela Assembleia Municipal contra a linha.
Recorde-se que se encontra a decorrer até ao próximo dia 31 de julho o período de consulta pública.