A empresa Águas da Região de Aveiro confirma melhorias no sistema de controlo de perda de água.
Numa análise ao ano 2021 é referido valor de perdas de água ao nível do objetivo nacional, com menos 20% no indicador de Água Não Faturada.
O valor alcançado é inferior à média do país, onde a água que entra nas redes de abastecimento e é desperdiçada a cada ano ronda os 30% há cerca de uma década.
Num projeto que começou em Aveiro e foi alargado aos restantes nove concelhos onde está presente, promovendo um Projeto de Eficiência Hídrica pioneiro em Portugal, em parceria com a Indaqua, há previsão de poupanças que ascenderão, em cinco anos, aos 8 milhões de metros cúbicos de água.
Logo nos primeiros dois anos da parceria, foi alcançada uma poupança próxima dos 3.654 mil metros cúbicos de água, valor que superou em mais de 200% a meta fixada para esse período.
Já no terceiro ano, as poupanças acumuladas ascenderam a 5,8 milhões de metros cúbicos de água.
Significa isto que já foram eliminadas 36% das perdas de água que existiam ao longo da rede de abastecimento, garantindo que se evitou o desperdício de água suficiente para abastecer o mesmo território durante 4 meses.
O Projeto de Eficiência Hídrica implementado nos concelhos de Águeda, Albergaria-A-Velha, Estarreja, Ílhavo, Murtosa, Oliveira do Bairro, Ovar, Sever do Vouga e Vagos, onde também participa a INDAQUA, foi inovador a nível nacional, uma vez que aplica um modelo de remuneração por desempenho onde se partilham as poupanças efetivamente alcançadas.
Neste tipo de projetos, o pagamento aos restantes parceiros envolvidos, que garantem os recursos tecnológicos necessários a uma mais rápida redução de perdas, só acontece quando os objetivos definidos são efetivamente alcançados.
“Os resultados já alcançados, neste que foi o primeiro projeto deste género a nível nacional, vêm demonstrar as virtudes dos contratos com remuneração por desempenho também na área da eficiência hídrica. Estes contratos possibilitam, com valores mínimos de investimento por parte das entidades gestoras, acelerar projetos que, de outra forma, demorariam décadas a ser implementados”, explica Pedro Perdigão, CEO do Grupo INDAQUA.
“A escassez do recurso água para consumo humano atribui a esta problemática uma urgência que não se compadece com os tradicionais projetos levados a cabo de forma isolada, pelo que nos dá particular satisfação observar que em todos os projetos deste género em que estamos envolvidos em Portugal têm sido atingidos os objetivos mais cedo do que o previsto”, acrescenta.