Um estudo conclui que o AgitÁgueda tem um impacto superior a 8 milhões de euros na economia local.
O impacto total do AgitÁgueda é de mais de 8 milhões de euros, que se materializa em gastos com os transportes (1.071.214 euros), na restauração (2.958.295 euros), em alojamento (1.551.784 euros), em compras (1.137.803 euros), bem como na publicidade/publicitação (1.200.000 euros).
O AgitÁgueda tem ainda um impacto adicional nos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável definidos pela ONU em 177.537 euros.
Segundo o estudo, elaborado pela Tayloring Business & Technology durante o evento do ano passado, o AgitÁgueda teve um custo global de 711.630,14 euros e uma receita apurada de 53.465,60 euros, o que resultou num custo líquido de 658.165 euros na edição de 2019.
A análise aos dados financeiros permite concluir, tendo em conta o impacto de 8 milhões de euros de retorno do investimento realizado e o custo líquido associado ao AgitÁgueda, que por cada euro investido, existe um retorno de 11,4 euros.
Dos gastos totais já referidos, de destacar os relacionados com a restauração, em que os visitantes gastaram 2.958.295 euros nos restaurantes do concelho durante o AgitÁgueda, o que, atendendo aos 173.491 visitantes mensurados no estudo, revela um gasto médio de 17,05 euros por pessoa.
As compras efetuadas no comércio local durante o evento, de 1.137.803 euros, permite estimar um gasto médio por pessoa de 6,56 euros.
Importa aferir ainda os indicadores de consumo, que, segundo a SIBS (Sociedade Interbancária de Serviços), aponta para um movimento de 27,7 milhões de euros (entre pagamentos eletrónicos e em numerário), em julho de 2019, um crescimento de 6,5% face ao mesmo período de 2018.
Durante o AgitÁgueda (6 a 28 de julho de 2019) houve um movimento de 26.437.954 euros, sendo que, de entre as várias operações realizadas, mais de 9 milhões de euros respeitaram a pagamentos eletrónicos em compras e mais de 8 milhões de euros foram levantamentos efetuados nas caixas ATM.
Nos 23 dias do AgitÁgueda – Art Festival de 2019 passaram pelo evento 800 grupos e artistas.
Quanto a visitantes, como já referido, o AgitÁgueda atraiu 173.491 visitantes, sendo que 16% são locais, ou seja, de Águeda. Quanto a estrangeiros, foram os franceses que mais visitaram Águeda por altura do festival, seguindo-se os alemães e os suiços. Os alemães foram os que mais pernoitaram em Águeda para assistirem a mais dias de festival, seguindo-se os franceses e os ingleses.
Importa referir que o estudo fez uma medição de 173.491 visitantes apenas no mês de julho, sendo que ficam de fora desta contabilização o período de agosto e setembro, meses em que a instalação dos guardas-chuvas coloridos fica disponível nas ruas da baixa da cidade e que continua a atrair milhares de visitantes.
O Posto de Turismo recebeu, durante o período do AgitÁgueda, um aumento significativo de procura, com um total de 4.492 visitantes nos 23 dias do evento, o que revela uma média de 195 pessoas por dia a se deslocarem ao Posto de Turismo para obter informações.
O estudo evidencia ainda, com base num inquérito realizado durante o evento, que 59% dos visitantes estavam em Águeda propositadamente para assistir ao festival e que 40% era a primeira vez que iriam ao AgitÁgueda.
“Os dados apurados tornam claro que investir na realização de um evento como o AgitÁgueda é uma aposta ganha do Município”, defende Edson Santos, Vice-Presidente da Câmara de Águeda, salientando que o retorno conseguido é “muito elevado” e tem reflexos diretos e visíveis na economia local, nomeadamente no comércio tradicional, na restauração e na hotelaria que, por esta altura, atinge a quase capacidade total de alojamento.
A par do impacto tangível, que é indicado por este estudo nos diversos sectores da sociedade, Edson Santos aponta para todo um enorme impacto intangível e indiscutível do AgitÁgueda, com efeitos na comunidade local e regional.
“Este evento projeta Águeda a nível mundial, sendo conhecida como a cidade dos chapéus coloridos, o que tem um impacto profundo nas suas gentes, com um orgulho, sentido de pertença e identidade muito vincadas”, disse o Vice-Presidente da Câmara de Águeda.
foto: Mário Abreu