Estarreja marcou presença nos mundiais de Natação e fez questão de destacar essa presença. Entre 15 nadadores portugueses, estiveram dois estarrejenses a representar as cores nacionais no Campeonato do Mundo de Masters, que se realizou em Kazan, na Rússia, em agosto. A competir entre os melhores a nível mundial, Ana Moutela (Galitos) e Vítor Hugo Mano (Clube Desportivo de Estarreja) não dececionaram tendo trazido na bagagem um 9º lugar da Ana e um recorde pessoal do Vítor. Os dois nadadores sonham agora com Budapeste 2017.
Integrando a categoria de 35-39 anos, Ana Moutela está entre as 10 melhores atletas do mundo ao conseguir um 9º lugar na prova dos 100 metros costas com o tempo 1,25s e um 10º lugar nos 50 costas (39s80). Marcas conseguidas entre “excelentes atletas e equipas nacionais muito bem organizadas”.
Ana gostou “imenso da experiência” nesta que foi a sua “primeira competição internacional”. E por isso quer voltar ao palco da competição mundial. “Espero repetir daqui a dois anos na Hungria apesar de não termos apoios nenhuns, é mesmo por amor à camisola”, desabafa esta enfermeira de profissão e mãe de um rapaz. “Vou ver se consigo, às vezes é complicado arranjar tempo para treinar, entre um filho e dois hospitais...”, mas a atleta já demonstrou em Kazan que nada é impossível.
Será um objetivo a cumprir e partilhado pelo colega de equipa Vítor Mano. “Participar no próximo Mundial em 2017 na cidade de Budapeste e melhorar a classificação” são metas já definidas pelo atleta após ter concluído a sua missão em Kazan. A competir no escalão 30-34, Vítor alcançou o 19º lugar na competição 50 mariposa com 28,12s conseguindo na pista russa o seu melhor tempo nesta prova. O estarrejense ficou em 22º lugar no 100 livres (58,20s) e em 28º nos 50 livres (26,72s).
“Estou satisfeito com a minha prestação uma vez que até consegui um recorde pessoal, que com 30 anos e sem a mesma disponibilidade para treinar é ótimo. Senti-me muito bem a competir entre os melhores. Deu para trocar impressões. Alguns deles também são técnicos como eu e houve troca de conhecimentos e isso é fundamental para o meu crescimento pessoal”, salienta o também treinador do CDE. Vítor Mano ficou surpreendido com a prestação dos escalões mais velhos. “Foi impressionante verificar em algumas provas as marcas no escalão 50-54”, ficando na sua memória “o exemplo” destes atletas que conservam “uma excelente forma física e mental.”
Portugal conquistou em Kazan 13 medalhas (2 de ouro, 9 de prata e 2 de bronze). Em competição estiveram 2639 atletas de 71 países nas várias disciplinas.