É, seguramente, o músico português que mais influenciou diferentes gerações de outros criadores de canções nos últimos 50 anos da vida musical em Portugal. Chama-se – quem não o conhece? – Sérgio Godinho e a 7 de junho vai ser homenageado pela Universidade de Aveiro (UA) com o Doutoramento Honoris Causa.
Nasceu no Porto a 31 de agosto de 1945 e, este ano, está a celebrar 53 anos de carreira artística, quase tantos como os da UA, que este ano comemora 50 anos de vida. Publicou em 1971 o seu primeiro EP, “Romance de um Dia na Estrada”, marca simbólica do início da sua carreira.
“A palavra é, talvez, a força maior da obra de Sérgio Godinho, seja na sua versão escrita, dita ou cantada”, aponta a UA. Desde o seu primeiro disco, Sérgio Godinho circulou entre o “cantautor de guitarra às costas” até ao solista da Orquestra Sinfónica, passando pelo rock, o fado e até o choro ou a música popular brasileira.
“A sua versatilidade fica demonstrada nas múltiplas parcerias que estabelece com cantores nacionais e estrangeiros, colaborando e coautorando trabalhos com músicos maiores do Brasil e dos países africanos de língua oficial portuguesa, com os quais partilhou tantos palcos e tantas Coincidências, devolvendo à História modos diferentes de cantar a língua numa convivência consentida”, pode ler-se no Despacho assinado pelo Reitor.
Ao longo de 53 anos de carreira, publicou 20 álbuns de estúdio, oito álbuns ao vivo, sete álbuns em colaboração com outros músicos, oito coletâneas, oito registos coletivos onde partilha o disco com outros cantautores, 13 participações por convite em álbuns de outros autores e 11 bandas sonoras de filmes e séries, num total de 75 publicações fonográficas.
Sérgio Godinho é ainda autor de 15 livros, argumentista (7), realizador (3) e conta com 37 participações como ator, num espectro estilístico que se estende do teatro musical ao cinema.