O III Encontro da CPCJ de Estarreja reflete sobre o tema “Escola, porque (Não) te Quero!”
Perante o maior número de situações sinalizadas ligadas ao absentismo e abandono escolar, e a constatação de que uma relevante percentagem das crianças e jovens apresenta uma grande desmotivação ou desinteresse face à escola, o III Encontro da Comissão de Proteção de Crianças e Jovens (CPCJ) de Estarreja , subordinado ao tema “Escola, porque (Não) te Quero!”, pretende debater e refletir sobre estas questões com a comunidade escolar, as famílias e os estudantes.
A iniciativa terá lugar esta quarta-feira, no Cineteatro de Estarreja.
Durante todo o dia, e com um programa composto por três painéis de discussão, psicólogos, professores, investigadores, auxiliares de ação educativa, alunos juntam-se à mesa para expor, discutir e (re)pensar as questões relacionadas com a escola.
A sessão de abertura da iniciativa, marcada para as 09h00, contará com as intervenções da presidente da Comissão Nacional de Promoção dos Direitos e Proteção de Crianças e Jovens, Ana Isabel Valente; e do presidente do Município de Estarreja, Diamantino Sabina.
Às 09h45, o primeiro painel refletirá sobre “Os Desafios da Escola Contemporânea”.
O segundo painel, a partir das 11h40, debaterá “A Motivação das Crianças e Jovens face á Escola”.
A fechar o programa de discussão, às 15h15, serão apresentados projetos e modelos de boas práticas implementados em diversas escolas.
Nos últimos anos, para além da Violência Doméstica e da Negligência, o Absentismo/Insucesso e Abandono escolar têm sido um dos três principais motivos de sinalização de crianças e jovens à CPCJ de Estarreja. Esta é uma realidade transversal a várias CPCJ do país.
Isabel Simões Pinto, vereadora da Ação Social e Inclusão do Município de Estarreja, refere que “o combate ao absentismo ou abandono escolar exige uma abordagem multidimensional no sistema familiar e educativo”.
“Trata-se de uma problemática complexa, influenciada por diversos fatores internos e externos à escola, como a falta de envolvimento e compromisso dos alunos e das famílias, provenientes ou não de contextos socioeconómicos mais desfavorecidos, e até a falta de capacidade do próprio sistema educativo responder de forma mais inovadora e criativa a estas problemáticas.”