O Criatech figura como um dos eventos âncora da semana da tecnologia e as exposições já se fazem notar pela cidade.
Vários artistas nacionais e internacionais fazem uso da tecnologia para refletir sobre o contacto físico e emocional, assim como sobre o peso e a importância que se dá a estes dois fatores.
Estas exposições de acesso gratuito, vão estar disponíveis de 12 a18 de outubro.
“PRANA” decorre no Museu de Aveiro/Santa Joana no Antigo Refeitório, por Coletivo Suspeito (POR)
O projeto consiste numa luz suspensa acompanhada por uma experiência sonora. Luz e som são programados para variar a sua intensidade num ritmo que faz uma alusão ao movimento respiratório.
A instalação reage ao número de visitantes através de sensores, variando a intensidade de luz e som consoante a densidade no espaço.
“ANTHOZOA DIGITALIS”, por Joana Burd (BRA) e Illana Bonder (BRA), está patente na capela dos claustros.
Instalação interativa com tecnologia de realidade aumentada que convida o público a tocar com os olhos.
Um ambiente vazio torna-se visualmente táctil a partir de um organismo virtual que se apresenta conforme o caminhar do utilizador.
O toque é invocado através das cores, texturas, objetos e sons. Numa realidade paralela, este organismo vivo reage virtualmente a cada utilizador de forma diferente.
“NON HUMAN DEVICE 2.0” decorre na Capela dos Claustros é é assinada por Boris Chimp 504 (POR).
NHD 2.0 é a segunda parte de uma série de instalações baseadas em objetos/ dispositivos alienígenas encontrados por Boris Chimp 504 durante suas missões pelo espaço profundo.
A cada versão é apresentada uma nova interface e o público é convidado a explorar e interagir com sons e visuais em tempo real.
“PESO DA ALMA” está no Museu da Cidade e tem assinatura de David Negrão (POR)
Instalação audiovisual que convida o público a descobrir-se a si mesmo através da imagem e do som.
Um sensor de movimento e escala lê os dados do corpo, analisando-os através de um algoritmo que, por sua vez, gera frequências geométricas e sonoras baseadas nas proporções que cada utilizador.
Criam-se, assim, imagens e sons únicos que tornam visível o invisível.
METAMORPHOSEON, por Error 43 (POR), também está no Museu de Santa Joana.
Usando robótica interativa, é apresentada uma peça composta por 16 braços tubulares acionados por gás comprimido, que se posicionam de acordo com a localização dos utilizadores.
O resultado é uma instalação em constante movimento, onde a fisicalidade dos braços é ampliada no espaço através da projeção de sombras, criando uma metamorfose dos utilizadores e da sala.
“APARELHO GEOMÉTRICO LEVÓGIRO”, por Rui Gato (POR), está no Museu Arte Nova.
O Aparelho Geométrico Levógiro é um sistema audiovisual generativo que reage à presença do público, permitindo uma modulação do conteúdo artístico em tempo real.
Uma zona de interação é definida para um utilizador de cada vez experimentar a modulação desta realidade temporária, que se desenvolve generativamente a partir de um conjunto de composições musicais e visuais pré-estabelecidas pelo autor.
GEOMÚSICA, também de Rui Gato, ocupa o Museu de Arte Nova.
Uma ferramenta para criar música através da geometria.
O publico é convidado a compor formas geométricas e a ouvir a sua tradução sonora em tempo real, podendo experimentar as configurações e conhecer com a beleza escondida na matemática.
PYCNOCLINE no Museu de Aveiro/ Santa Joana, por Francisca Rocha Gonçalves (POR) e Hugo Branco (POR), pretende simular um mergulho dentro de água, num ambiente sonoro com os ruídos aquáticos, por forma a criar a sensação de imersão e alteração sensorial através de efeitos visuais.
ETERNAL DREAM, por Philip Weiser (GER) & Simon Weckert (GER), no Museu de Santa Joana, assenta numa inalcançável tela monolítica azul no meio de uma bacia de água, surge digitalizado o corpo do espetador que se coloca à sua frente.
Ao pisar essa área, o espetador torna-se numa nuvem exposta na tela, bastando-lhe saltar para ser criada uma cópia 3D que voa pela tela acima.
Assim que a nuvem sai da tela, os dados são armazenados na nuvem, tornando-se num sonho digital que continuará a viagem num voo interminável pela Web.
Finalmente, “ROW”, por We Are Tundra (RUS), assenta num conceito preliminar de uma instalação escalável determinada por dados.
Row é uma matriz modular de ecrãs que pode formar várias formas e comprimentos. Traduzir imagens cruas geradas por sons generativos, o conteúdo ecoa com ligeiro atraso que cria vários padrões que destacam e refletem as características espaciais do lugar onde está instalado.
As principais iniciativas desta semana tecnológica vão ser também transmitidas em direto, através do site: https://techweek.aveirotechcity.pt/.
Esta é uma semana que tem o selo do projeto Aveiro 2027 - Cidade Candidata a Capital Europeia da Cultura e da marca Aveiro Tech City.