Segundo aniversário do Aquário dos Bacalhaus do Museu Marítimo de Ílhavo com balanço a dois anos em que o público cresceu pela novidade do aquário e pela integração numa estrutura que é espaço de memória da pesca longínqua. Álvaro garrido, diretor do Museu Marítimo, admite que a criação do aquário de bacalhaus deu impulso ao Museu e pelo fato de ser uma peça integrada mantém o Museu como pilar de todo o discurso expositivo.
“Eu nunca tive esse receio e o executivo também não. Há decisões que têm que ser tomadas e a inclusão do aquário no percurso expositivo como elemento não autónomo foi uma boa decisão. O aquário é um complemento. Só faz sentido porque este neste museu e em Ílhavo”.
Com o passo dado aumentam as referências do Museu Marítimo e a presença de seres vivos veio trazer novas dinâmicas. “Ao introduzir um aquário de bacalhaus optou por uma iniciativa que tem por objetivo atrair mais público e ampliou o discurso patrimonial. O bacalhau é o maior símbolo da cultura portuguesa. Este fato é coerente com a natureza patrimonial do Museu. Foi um enriquecimento grande”.
O edifício, da autoria do Gabinete de Arquitetura ARX, dos irmãos Nuno e José Mateus, inaugurado a 13 de janeiro de 2013, foi recentemente nomeado para o conceituado prémio de arquitetura europeu Mies Van Der Rohe, tal como a ampliação e remodelação do Museu Marítimo de Ílhavo havia sido em 2002.
O diretor considera que é mais uma marca forte da estrutura dando-lhe carácter único. “É muito singular pela arquitetura e pela estética. Estar entre os finalistas desse prémio na classe de arquitetura é muito importante. Todas estas escalas da comunicação saem em revistas da especialidade e o mundo da arquitetura é muito amplo e tem públicos muito próprios”.
Fernando Caçoilo, presidente da Câmara de Ílhavo, assume que apesar do risco assumido a estrutura é importante para captar público e surgiu em momento de oportunidade que o Município não poderia desperdiçar. “Foi um investimento estratégico. Tinha apoio comunitário de 85%. Com mais erro ou menos erro tinha que ser aproveitado. Erro era não aproveitar. Houve momentos de risco mas o quadro comunitário abriu a porta a esse risco”.
Este sábado há programação especial com dia aberto no Museu. O programa apresenta várias ações ao longo do dia, com particular destaque para a inauguração de uma exposição de fotografia de Egídio Santos, "Rostos", na Sala de Exposições Temporárias, e o lançamento da 3.ª edição do Concurso de Modelismo Náutico do MMI. A partir das 17h00 o destaque vai para a “Conversa de Mar” com Mário Ruivo. No final da Conversa de Mar haverá uma ação de degustação de conservas.