Quercus e Movimento “Não Lixes” alertam para intervenções na orla costeira.
Repetem-se as queixas de anos anteriores agora que as máquinas voltaram ao areal para operações de limpeza e retirada de areia em zonas de acumulação nos passadiços.
Os coletivos falam em “danos irreversíveis ao património público e elevados encargos financeiros ao erário público”.
Com o perigo da erosão costeira realçam a importância de defender as dunas como elemento natural de defesa contra a ação dos elementos naturais.
“Não se compreende que se façam intervenções na crista das dunas com a utilização de maquinaria pesada, levando à mobilização de grande quantidade de material arenoso e a uma destruição completa do coberto vegetal. A manutenção dos passadiços existentes não pode ser efetuada com o recurso a máquinas com 20 toneladas”.
Os dois coletivos contestam a existência de passadiços na crista da duna e lamentam que as intervenções sejam autorizadas pelas entidades públicas com responsabilidade na área.
“Dá a ideia que essas entidades não estão minimamente empenhadas em preservar as dunas e em combater a erosão costeira. E esta ideia não anda de facto muito longe da verdade”.
A referência à praia da Barra foi assumida com discurso crítico.
“As duas entidades da sociedade civil que subscrevem esta nota de imprensa solicitam que os trabalhos sejam suspensos imediatamente e se dê um exemplo claro de intervenção respeitando o ambiente junto da população, que está preocupada e indignada com o que está a ser feito à vista de todos, e nos tem feito chegar várias queixas”.