Quercus apela à suspensão do corte raso do pinhal-bravo em Ovar.

2022-02-05 10:07

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A Quercus apela à suspensão e reversão da decisão do corte raso do pinhal-bravo nos talhões do Perímetro Florestal das Dunas de Ovar.

Reação à contestação popular que pede travagem ao trabalho desenvolvido.

Foi criada uma petição pública “Salvem o Perímetro Florestal das Dunas de Ovar!” que apela à reversão da decisão do abate massivo de árvores naquele perímetro florestal.

O problema está relacionado com o corte de 250 hectares de pinheiro-bravo do Perímetro Florestal das Dunas de Ovar, numa intervenção prevista até 2026 entre as praias de Esmoriz e do Torrão do Lameiro, no concelho de Ovar.

Os terrenos do Perímetro Florestal das Dunas de Ovar estão submetidos ao regime florestal e tem atualmente três núcleos que pertencem às Juntas de Freguesia de Esmoriz, de Cortegaça, de Maceda, à União de Freguesias de Ovar, Arada, São João e São Vicente de Pereira (terrenos da ex-Junta de Freguesia de Arada) e à Câmara Municipal de Ovar (na área da ex-Junta de Freguesia de Ovar), estando sob a gestão direta do Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas (ICNF), diretamente sob a tutela do Departamento da Conservação da Natureza e das Florestas do Centro, à exceção da área ocupada pelo atualmente denominado Aeródromo de Manobra nº 1 (AM1).

A Quercus solicitou esclarecimentos à Direção Regional de Conservação da Natureza e Florestas do Centro do ICNF, para clarificação sobre a intervenção efetuada, no sentido da mesma ser alterada, estando ainda a aguardar resposta.

O Plano de Gestão Florestal (PGF) do Perímetro Florestal das Dunas 2016 – 2026, foi elaborado pelo ICNF e CM de Ovar, foi aprovado pelo ICNF e prevê o planeamento dos cortes do pinhal neste período.

Para a Quercus é incompreensível a opção pelo abate até pelos “cenários das alterações climáticas”.

“Considerando também o grave problema do recuo da linha de costa no concelho de Ovar, a manutenção da floresta de proteção no litoral é importante para contenção da erosão costeira, pelo que deve ser avaliada a suspensão e alteração dos cortes previstos no PGF”.

 

 

foto: arquivo