Limitações à apanha de bivalves, na Ria de Aveiro, agita de novo a comunidade piscatória.

15.03.2021

A reclassificação de B para C da zona 'RIAV1' de apanha de bivalves, na Ria de Aveiro, agita de novo a comunidade piscatória. Trata-se da área de maior dimensão na Ria, localizada entre a Torreira e São Jacinto. O Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA) deu conhecimento da informação e a APARA, que colabora com a recolha de amostras, reagiu no próprio dia com um ofício em que pede investigação às causas da degradação das águas. Nesse documento diz que pode haver precipitação do IPMA a decidir a reclassificação, baixando a categoria da qualidade das águas, com agitação da comunidade piscatória dependente dessa área de apanha. Esta instabilidade foi sentida há bem pouco tempo com protestos na Gafanha da Nazaré e na Torreira. Na carta enviada ao IPMA, a APARA pede a fiscalização de eventuais focos poluidores. Diz que é necessário ir verificar potenciais fontes poluidoras e aponta a possibilidade de algumas explorações agrícolas lançarem escorrências na ria. Manuel Tavares, mariscador, diz-se atento a toda a situação e ameaça com "manifestações de revolta" se as pretensões dos 'homens da Ria' não forem satisfeitas.

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Porto de Encontro
Autor
Fernando Martins
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