Reciclar carbono (parte 2)
A semana passada falámos-lhe do biochar, e contámos-lhe que este material permite reciclar carbono. Hoje vamos explicar melhor. O biochar é um material obtido por pirólise de resíduos orgânicos biodegradáveis ou resíduos florestais. A pirólise é uma espécie de combustão, mas feita sem ar nem chama. O biochar resultante é muito poroso e rico em carbono e compostos químicos úteis para a agricultura. Por esta razão, o biochar tem sido aplicado no solo para fornecer nutrientes às plantas, mas também para aumentar a retenção de água, podendo até diminuir a necessidade de rega em mais de 80%.
Além disso, o biochar tem outras características com grande interesse ambiental. Como é um material rico em carbono que não se degrada com facilidade, aplicar biochar no solo é uma forma eficiente de sequestrar carbono e diminuir a emissão de gases com potencial de efeito de estufa. Há ainda outras aplicações muito recentes do biochar: a libertação controlada de fitofármacos no solo, a adsorção de contaminantes em solos, águas residuais e efluentes gasosos, ou ainda suporte físico para cultivar microrganismos com interesse biotecnológico e farmacêutico.
Uma última curiosidade: o interesse pelo biochar surgiu quando os cientistas constataram que alguns solos da Amazónia apresentavam grandes quantidades de material escuro – e assim lhes chamaram Terra preta. Com este material, os antigos povos daquelas regiões terão encontrado uma forma de melhorar a sua agricultura e prosperidade. Milhares de anos depois, cabe-nos tirar partido deste saber ancestral e usar a engenharia para fazer prosperar o nosso ambiente.
Por isso, não se esqueça que o carbono é vida. Respeite-o e tire partido dele!
Flávio Silva
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Episódios
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Há umas semanas atrás o Oceano inundou Lisboa e não foi uma tragédia. Milhares de pessoas deram à costa para falar sobre o oceano comum, sob o tema “Salvar o Oceano, proteger o nosso futuro”. Tratou-se da segunda Conferência das Nações Unidas sobre o Oceano, onde a missão é reforçar o apoio e cooperação internacional na implementação dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável, com particular foco no ODS 14 e acompanhar o desenvolvimento das ações da Década da Ciência dos Oceanos.
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ImagemReembolso embalagens depositadas REAP project08.08.2022Ouvir
Lembra-se de há uns tempos atrás termos falado do projeto REAP da Universidade de Aveiro? Um projeto que visa que alunos e trabalhadores da UA poderem ser reembolsados por cada garrafa ou lata que devolvam.
Pois é, saiba que a partir do mês de julho será efetuado o reembolso do crédito correspondente a todas as embalagens depositadas até à data nas máquinas de venda reversa. O referido reembolso será efetuado aos detentores de cartão de identificação da Universidade de Aveiro (Utilizador Comunidade UA), com registo para utilização nas unidades alimentares dos Campus.
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ImagemNovo mestrado em Ambiente e Saúde01.08.2022Ouvir
As candidaturas ao ensino superior estão aí.
Acredito que nesta altura já quase todos saibam o que gostariam de estudar e candidatar-se… mas para os mais indecisos ou os que desconhecem toda a oferta formativa, hoje falamos-vos de uma oferta nova na área do ambiente ao nível da pós-graduação. Este ano abriu um novo mestrado no Departamento de Ambiente e Ordenamento – na área do ambiente e saúde!
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ImagemDicas para ferias sustentáveis.....25.07.2022Ouvir
As férias estão quase, quase aí!! E apesar de ser o momento perfeito para relaxar e usufruir,
podemos fazer isso de uma forma sustentável e sem aumentar a nossa pegada de carbono!
Aqui ficam algumas dicas para tornar as suas ferias mais sustentáveis:
- Procure opções diferentes: Felizmente há cada vez mais pacotes de viagens mais ecológicos.
Procure por novos locais e agências de viagens que tenham em atenção a sustentabilidade
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- Leve pouca bagagem, viaje apenas com o essencial. Para além de reduzir o combustível gasto
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ImagemProjeto FairFood18.07.2022Ouvir
A Universidade de Aveiro é parceira do Projeto europeu FairFood for a Smart Life. Este projeto tem como objetivo contribuir para a saúde da população através de uma educação nutricional inspirada na dieta alimentar dos nossos antepassados, baseada em produtos naturais e de locais, preparados de forma simples e consumidos na sua estação, ajudando, desta forma, a preservar a herança culinária europeia, e a combater as alterações climáticas.