Economia e ambiente: decisões para a retoma pós-pandemia

De repente, ficámos sem chão e por cima das nossas cabeças paira uma ameaça que é real, mas que não conhecemos bem e que não sabemos quando se irá embora. Temos interferido tão fortemente na natureza que fomos agora atacados por ela. Esquecemos que, em habitats bem conservados e com grande diversidade de espécies, os vírus distribuem-se facilmente nesses ecossistemas e não afetam o ser humano.
1ª decisão: não destruamos os habitats, mesmo aqueles que estão ali junto à nossa casa, no jardim urbano. Alegremos a varanda com plantas de janela!
Na pandemia, quando a escolha é entre a vida humana e a economia, não há hesitação que se escolhe a vida; porém a economia – não a atual economia, mas a economia circular que permite salvar vidas – é essencial para que possamos viver.
2ª decisão: contribuamos para a economia circular com teletrabalho numa parte do tempo, evitando deslocações em automóvel!
A redução da poluição que aconteceu durante a COVID-19 não é vitória segura para o ambiente e para o clima. O vírus “vai morrer amanhã”, mas a “urgência” climática vai ter efeitos nas próximas gerações. Na retoma pós-pandemia temos de construir um novo paradigma de sociedade assente em menos uso de materiais e energia.
3ª decisão: adotemos a estratégia económica de “nada se perde, tudo se transforma”. E mudemos o uso do plástico em nossa casa!
Carlos Borrego
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Episódios
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Hoje temos algumas perguntas (em jeito de desafio) para testarem se sabem tudo quanto aos ecopontos.
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Os impactos dos fogos de há umas semanas atrás ainda estão muito presentes na nossa memoria. Mas não só na memoria! Na nossa saúde os impactos podem ser de longo prazo!
A verdade é que os efeitos deste flagelo vão muito mais para além da destruição do habitat natural, da riqueza florestal, do ecossistema, da biodiversidade, da economia local, da destruição material...A degradação da qualidade do ar é apenas (!) um outro impacto dos fogos, com efeito imediato na nossa saúde, a curto e longo prazo!
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13 de outubro é o Dia Internacional para a Redução do Risco de Catástrofes
Depois dos incêndios agora vem o risco de cheias e derrocadas nas áreas afetadas.
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ImagemInaladores asma07.10.2024Ouvir
Um artigo divulgado recentemente estima que seria necessário plantar anualmente em Portugal mais de 1,3 milhões de árvores para capturar os gases libertados na atmosfera pelos inaladores pressurizados, usados no tratamento de doenças respiratórias como a asma.
Este estudo refere que “com o aumento do volume de vendas dos inaladores pressurizados tradicionais”, que utilizam gases fluorados com efeito de estufa, responsáveis pelo aquecimento global, “aumenta também o seu impacto ambiental“.