COP

Já ouviu falar da COP- Conference of Parties, certo? Este ano foi a 29ª destas conferencias onde o objetivo principal é a luta por acordos no combate às alterações climáticas.
Este ano, em Baku, no Azerbeijão, estão reunidos representantes de quase 200 países, a tentar alcançar um acordo sobre um valor de financiamento e sobre quem vai pagar a luta climática nos próximos anos. As decisões tomadas na COP têm que ser tomadas por consenso.
Mas o mais curioso é que esta conferencia e estas negociações, coincidem com um relatório científico sobre o ritmo de aquecimento do planeta.
O estudo do Global Carbon Project revela que as emissões mundiais de CO₂, geradas pela combustão de carvão, petróleo e gás, atingiram já um novo recorde. Mas não só, também este ano este ano já se bateu records da temperatura média (acima dos 1,5º definidos em Paris). Os cientistas que colaboraram com o estudo afirmam que para conter o aquecimento global a 1,5°C (na comparação com o final do século XIX), precisaríamos de fixar como objetivo atingir zero emissões líquidas de CO₂ até o final da década de 2030. Muito antes de 2050, o horizonte atualmente previsto por cerca de uma centena de países. Acresce a este outro alerta. "Nada indica ainda que o uso de combustíveis fósseis tenha atingido o seu máximo", apesar de o pico estar "frustrantemente próximo".
Num dos primeiros dias da conferencia ouvia-se, de um dos países “Que diabos estamos a fazer nesta Conferência, se nunca há vontade política para nos unirmos e passarmos das palavras à ação?”
Nós perguntamos o mesmo… Este seria o ano e esta COP uma oportunidade perfeita para isso!
Alexandra Monteiro

Episódios
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ImagemImpactos ambientais de estruturas de energias renováveis: energia eólica17.02.2025Ouvir
Esta semana vamos continuar a nossa análise sobre os impactos ambientais das grandes estruturas de produção de energias renováveis. Começamos pela energia fotovoltaica e hidroelétrica, falta ainda analisar as infraestruturas de produção de energia eólica, geotérmica, de biomassa e marinha. Hoje, falamos da energia eólica, que utiliza turbinas para converter a energia cinética do vento em eletricidade. É uma das fontes mais limpas de energia renovável, mas as suas infraestruturas apresentam impactos específicos.
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ImagemImpactos ambientais de estruturas de energias renováveis: barragens hidroelétricas10.02.2025Ouvir
A energia hidroelétrica é uma das formas mais antigas de energia sustentável. No entanto, grandes estruturas, como a Barragem das Três Gargantas, na China, a maior do mundo, têm um impacto ambiental e social profundo:
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ImagemImpactos ambientais de estruturas de energias renováveis: parques fotovoltáicos03.02.2025Ouvir
Estas próximas semanas, vamos explorar os impactos ambientais das grandes estruturas de produção de energias renováveis, como os parques solares em desertos e as grandes barragens hidroelétricas. Embora essas infraestruturas contribuam para a produção de energia limpa, também têm impactos ambientais significativos. Os parques solares em desertos, como os existentes no Sahara ou na Califórnia, utilizam áreas vastas para captar a luz solar e convertê-la em energia elétrica.
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ImagemBalanço ambiental (negativo) 202420.01.2025Ouvir
E como o prometido é devido, o minuto desta semana é sobre os aspetos menos positivos de 2024 relativamente ao ambiente. O nosso top 5 negativo recaiu sobre:
1. Alteração ao regime de reclassificação do solo rústico em urbano: a proposta do Governo em permitir a flexibilização da reclassificação de solo rústico em urbano, sendo que estes estão, em regra, incluídos na Reserva Agrícola Nacional ou na Reserva Ecológica Nacional, dificilmente dará bom resultado.
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ImagemBalanço ambiental (positivo) 202413.01.2025Ouvir
Decidimos dedicar este minuto desta semana aos 5 factos + positivos em 2024
1. Expansão da Rede de Áreas Marinhas Protegidas nos Açores em 30% do mar, estabelecendo-se a maior rede do Atlântico Norte.
2. atualização dos valores pagos às entidades que estão responsáveis pela recolha e triagem das embalagens.