Conferencia dos Oceanos
Há umas semanas atrás o Oceano inundou Lisboa e não foi uma tragédia. Milhares de pessoas deram à costa para falar sobre o oceano comum, sob o tema “Salvar o Oceano, proteger o nosso futuro”. Tratou-se da segunda Conferência das Nações Unidas sobre o Oceano, onde a missão é reforçar o apoio e cooperação internacional na implementação dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável, com particular foco no ODS 14 e acompanhar o desenvolvimento das ações da Década da Ciência dos Oceanos.
Cinco dias de intensa atividade, em que representantes de organizações internacionais, de governos, de associações regionais e locais, da academia e investigação, apresentaram, dialogaram e reforçaram a importância do trabalho conjunto de proteção do OCEANO na manutenção de condições de vida da Humanidade.
Foram vários os aspetos relevantes mais evidenciados, como o declínio da biodiversidade, o aquecimento, acidificação e poluição marinha e a urgência de ação conjunta para tratar e melhorar a saúde do oceano, o seu uso sustentável e a resiliência do mesmo. Neste âmbito foi dada prioridade à restauração de conservação dos ecossistemas marinhos, à ciência e inovação nos oceanos e à gestão das áreas marinhas protegidas numa articulação estreita com as comunidades locais que delas dependem.
A declaração política adotada chamada de “A Declaração de Lisboa” sublinha “a necessidade de agir de forma decisiva e urgente …”. O que vai mudar a partir daqui, depende como em tudo, de cada um de nós. As contas disso serão feitas em 2025, na terceira conferência a decorrer em Paris. A tarefa é hercúlea e urgente… que consigamos perceber isso para que a coragem e o animo nos faltem!
Filomena Martins
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Episódios
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ImagemProjeto NEPTUNUS10.05.2021Ouvir
Já parou para pensar nos impactes ambientais relacionados com a produção e consumo do pescado? Sabe quais são os riscos para o meio ambiente e o que fazer para evitá-los?
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ImagemReciclar carbono (parte 2)03.05.2021Ouvir
A semana passada falámos-lhe do biochar, e contámos-lhe que este material permite reciclar carbono. Hoje vamos explicar melhor. O biochar é um material obtido por pirólise de resíduos orgânicos biodegradáveis ou resíduos florestais. A pirólise é uma espécie de combustão, mas feita sem ar nem chama. O biochar resultante é muito poroso e rico em carbono e compostos químicos úteis para a agricultura. Por esta razão, o biochar tem sido aplicado no solo para fornecer nutrientes às plantas, mas também para aumentar a retenção de água, podendo até diminuir a necessidade de rega em mais de 80%.
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ImagemReciclar carbono (parte 1)26.04.2021Ouvir
Sabia que é possível reciclar carbono? Sim, ouviu bem! Carbono! Não conte com um contentor para depositar carbono, mas…já explicamos.
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ImagemMas afinal, o que é a economia circular?19.04.2021Ouvir
Mas afinal, o que é a economia circular?
A economia circular é o oposto do modelo económico linear baseado no princípio “produz - utiliza - deita fora”.
É um modelo de produção e de consumo que envolve a partilha, o aluguer, a reutilização, a reparação, a renovação e ainda a reciclagem de materiais e produtos existentes, enquanto possível, alargando assim o ciclo de vida dos produtos.
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ImagemMestrado em Engenharia do Ambiente12.04.2021Ouvir
Tens um curso superior na área das ciências e engenharias e gostarias de aprender mais e quem sabe fazer um mestrado?
Gostarias de ter alguma influência no futuro do nosso planeta? Se sim, o Departamento de Ambiente e Ordenamento da Universidade de Aveiro tem o mestrado ideal para ti.