50 anos de abril – constituição ambiente Alexandra Monteiro 22-04-2024
Sabia que foi depois da Revolução do 25 de Abril de 1974 que a política de ambiente em Portugal se desenvolveu, apesar de ter começado a ser uma das preocupações do Estado alguns anos antes. As cheias de 1967, que provocaram a morte de 500 pessoas na região de Lisboa, assim como a conferência mundial de Estocolmo, em 1972, foram determinantes para a emergência das preocupações ambientais no País.
O 25 de Abril traz a Portugal a institucionalização da política de ambiente e uma nova Constituição, aprovada em 1976, que é considerada pioneira a nível mundial, ao reconhecer o direito ao ambiente e qualidade de vida como um dos direitos fundamentais do cidadão português. No seu artigo 66º, a Constituição estipula que «todos têm direito a um ambiente de vida humano, sadio e ecologicamente equilibrado e o dever de o defender» e que «incumbe ao Estado, por meio de organismos próprios e por apelo a iniciativas populares», assegurá-lo.
«Ao dar às pessoas o acesso à comunicação, o 25 de Abril permitiu despertar consciências, também para os problemas do ambiente». «A consciência ambiental nasceu de uma diversidade de factores, mas talvez o grande denominador tenha sido a contestação à construção de uma central nuclear em Ferrel, em 1976.
Desenvolveram-se as primeiras estações de tratamento de águas residuais e aterros sanitários, para além de sistemas de prevenção da poluição marítima. Medidas que se viriam a generalizar mais tarde, sobretudo depois dos anos 80, quando a adesão de Portugal à então Comunidade Económica Europeia (CEE) deu maior impulso à política de ambiente do País.
Alexandra Monteiro
Este podcast tem áudios Registe-se para ouvir.
Episódios
-
ImagemFérias em tempos COVID (EU)26.07.2020Ouvir
O verão está aí e com ele as férias para muitos de nós, não é? Mas o atual contexto de pandemia vai alterar a forma como planeávamos e gozámos as férias. Com as restrições nas viagens internacionais, a diminuição do rendimento disponível de muitas famílias e o medo de se expor ao risco que implica neste momento viajar, o mais provável é que as férias dos portugueses tenham que ser passadas cá dentro como recomendava o célebre slogan do Turismo de Portugal muito anterior à pandemia ["vá para fora cá dentro"].
-
ImagemAplicação queimadas19.07.2020Ouvir
O uso das queimas e queimadas é um procedimento comum na agricultura e gestão florestal. Muitas vezes está prática origina incêndios com consequências para o ambiente, saúde e económa. Cerca de 98% das ocorrências em Portugal Continental têm causa humana.
Sabia que, desde 2018 é obrigatório pedir autorização para realizar queimas e queimadas? O pedido podia ser realizado na Câmara Municipal ou Junta de Freguesia, para facilitar este processo o Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas (ICNF) desenvolveu uma plataforma informática on-line e no telemóvel.
-
Imagem20 coisas a mudar na nossa casa para ajudarmos o ambiente12.07.2020Ouvir
A verdade é que continuamos muito por casa, e assim o devemos fazer face ao atual contexto. Por isso trazemos-lhe 20 ideias/mudanças que podemos fazer na nossa vida, dentro de casa!
- usar guardanapos de pano
- fazer compostagem
- comprar a granel
- fazer uma pequena horta na varanda
- evitar deixar electrodomesticos em stand-by
- aproveitar o calor do forno
- reaproveitar a agua de aquecer o banho
- comprar roupa e mobília em 2ª mao
Quantas destas coisas já está a fazer?
-
ImagemResíduos em tempos de CoViD1905.07.2020Ouvir
Vivemos tempos excecionais, em que a nossa luta por questões sanitárias sobrepõe-se a tantas outras prioridades. Por exemplo, passámos a usar frequentemente luvas e máscaras descartáveis, que são mais um resíduo, que antes não produzíamos, e que agora anda por aí. Não coloque esse material descartável no chão nem no ecoponto. No ecoponto coloque apenas (e sempre!) embalagens.
-
ImagemA quarentena (não) ajudou as alterações climáticas?28.06.2020Ouvir
Apesar do confinamento e da paragem causada pela pandemia, a crise climática não deve ser esquecida. Este ano está a caminho de se tornar o mais quente desde que há registos, segundo os dados registados.
A evolução das temperaturas deste ano está próxima da de 2016, um dos anos mais quentes da história.