Estar presente faz (sempre) toda a diferença
Não alimento o fervor da confrontação política e partidária em plenas tragédias. As tragédias – humanas, sociais, ambientais, whatever, merecem, acima de tudo, que o foco se centre no seu combate e na sua solução, e não em contextos (por mais pertinentes que o sejam) que desviem o foco.
Os incêndios que lavram na Madeira há uma semana merecem a nossa preocupação, o respeito por quem os combate e por quem defende as populações (incluindo os autarcas das respetivas câmaras municipais e freguesias) e a solidariedade para com os madeirenses.
Haverá, seguramente, tempo e oportunidade, manifestamente mais clarividente e serena, para se apurarem responsabilidades, sejam elas criminais (confirmando-se negligência ou ação premeditada), sejam elas políticas ou técnicas.
Não se exigia a Miguel Albuquerque que pegue numa mangueira e suba encosta para apagar o “lume”.
Exigia-se a Miguel Albuquerque que, na observação direta, no terreno, na confrontação in loco com a realidade, no olhar de cada rosto dos seus concidadãos, dos seus congéneres políticos e eleitos, na perceção do esforço de cada bombeira e bombeiro, de cada operacional, assuma as suas funções, o seu compromisso enquanto governante e responsável máximo, de forma mais clara, célere e consistente.
Isto bastaria e já seria muito, muito mesmo.
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Podcast Politicamente Insurreto (temporada #1 - episódio #5) | 9.87 MB |