A Universidade de Aveiro, por iniciativa da Comunidade Intermunicipal da Região de Coimbra, tem vindo a percorrer os corredores naturais dos concelhos que integram esta comunidade para os salvaguardar e preparar para a promoção turística.
Assim, corredores naturais como os rios Mondego, Ceira e Alva, e outros, de menor dimensão, em serras como o Buçaco e a Lousã, poderão ser valorizadas e ombrear com os melhores ativos naturais da Europa. O trabalho tem vindo a ser realizado por uma equipa multidisciplinar de investigadores.
O objetivo é ambicioso. Mais precisamente, pretende-se preparar os corredores naturais da região de Coimbra para salvaguarda dos seus valores, visitação e promoção turística, e, deste modo, este património poder “ombrear com os melhores ativos naturais da Europa” e “contribuir para uma maior retenção de fluxos turísticos”, afirma Jorge Brito, secretário executivo CIMRC que integra 19 municípios e adjudicou esta vertente do projeto à UA.
O trabalho implica, perante as propostas de marcação de corredores naturais, a deslocação de equipas multidisciplinares – incluindo valências de biologia, turismo e, nos casos em que for necessário, património edificado - ao terreno para verificar a ocorrência de aspetos relevantes já conhecidos e, justificando-se, propor a referência a outros, confirmar o estado da sinalética nos casos em que existe e, não existindo e quando se justifique, propor nova sinalética com a informação relevante para o local. As estruturas podem surgir na forma de painéis verticais ou de mesas informativas, ou ainda de painéis à beira das vias de maior afluência. Mas os suportes informativos também terão a forma de mapas, guias/desdobráveis e brochuras. Na conceção de todos estes suportes informativos será central a área de design.
Este tipo de trabalhos não é novo no portfólio da UA. “As múltiplas valências da instituição e a sua fácil integração, a forte implantação do seu trabalho no território, permitem cumprir com eficácia estas tarefas de valorização dos vários tipos de património: paisagem, fauna, flora e construções”, sublinha Carlos Fonseca, professor do Departamento de Biologia (DBio) da UA e coordenador geral da equipa. Neste projeto participam investigadores dos departamentos de Comunicação e Arte (DeCA), de Economia, Gestão, Engenharia Industrial e Turismo (DEGEIT) e de Engenharia Civil (DECivil), para além de investigadores do DBio.
As equipas do DBio, em concreto, têm vindo a realizar levantamentos de fauna, flora e habitats, em diversos pontos do país, refere o professor, e para diferentes objetivos, sendo a publicação de guias e a identificação de corredores verdes ou ecológicos para projetos de valorização e visitação dois entre vários.