É mais um aviso da Reitoria à comunidade académica.
A estrutura liderada por Paulo Jorge Ferreira diz que não vai pactuar com atos discriminatórios ou discursos que coloquem em causa o bom nome da instituição ou a sua imagem.
E pede aos membros da comunidade académica para que denunciem esses comportamentos sempre que temam pelo incumprimento das regras de boa convivência utilizando para tal os canais formais existentes.
Um ano depois de um episódio que chegou à praça pública, de queixas contra um docente do departamento de física, acusado de promover um discurso de ódio e teor discriminatório, a UA retoma o tema para anunciar que vai seguir atenta.
Na altura não foram conhecidas conclusões e a Reitoria dizia não ter queixas formais.
Em comunicado emitido esta noite, a Reitoria assume-se como defensora da liberdade de expressão e de opinião, consagrada na Constituição da República Portuguesa, “reconhecendo a separação das esferas pessoal e profissional”, mas pronta para “avaliar quaisquer condutas que possam interferir com esses últimos valores e propósitos e que se repercutam negativamente na imagem da instituição”.
Promete atuar “em conformidade, com rapidez e firmeza”.
Num espaço onde se cruzam cerca de 20 mil pessoas de 90 nacionalidades, com “diferentes mundividências”, a UA explica que o espaço é de “cooperação”, “diversidade” e “tolerância”.
“Não são por isso de tolerar discursos de ódio, de discriminação ou de incitação à violência, qualquer que seja a sua natureza, origem ou contexto. Somos quase 20 milhares de pessoas, incluindo 3 milhares de bolseiros, professores, investigadores e pessoal técnico, administrativo e de gestão, empenhados em construir um futuro melhor — no absoluto respeito pelos valores da dignidade e igualdade da pessoa humana, como aliás se encontra estatutariamente estabelecido”.