O Tribunal de Aveiro começou esta terça-feira o julgamento em caso de alegada imigração ilegal no futebol.
Dirigentes e ex-dirigentes do AC Famalicão e empresários brasileiros estão acusados de dezenas de crimes de auxílio à imigração ilegal e falsificação de documentos.
Uma inspeção do SEF abriu caminho à descoberta do que se supõe ser um esquema de contratação de jogadores brasileiros, através de cartas-convite e manifestações de interesse, usando documentação falsa, para jogar no AC Famalicão ou noutros clubes da região, a troco de alojamento e alimentação, bem como quantias monetárias baixas.
Os dois empresários de nacionalidade brasileira, que, de acordo com a investigação, atuavam como angariadores de jogadores de futebol, estão a ser julgados num outro processo idêntico, no Tribunal de Aveiro, envolvendo outro clube de futebol da região.
O caso remonta a 2019 quando a inspeção do SEF encontrou meia dúzia de atletas estrangeiros em situação ilegal.
O Ministério Público sinalizou a existência de movimentos entre 2017 e 2020 com atletas colocados em clubes de futebol distrital na região de Aveiro.
Parte dos estrangeiros ficavam alojados em condições precárias e na expetativa de dar o salto para clubes de maior nomeada.