A greve de quatro dias nas fábricas da Navigator em Aveiro, Vila Velha de Ródão, Figueira da Foz e Setúbal, motiva uma reação da empresa.
Em nota divulgada esta segunda, a empresa sublinha o facto de ter garantido a todos os colaboradores o fundo de pensões e aumentos salariais entre 1,5% e 2% e redução de horário de trabalho.
Os trabalhadores querem reenquadramento salarial e revisão do plano de carreiras e ponderam recusar todo o tipo de trabalho suplementar.
Alegam “intransigência” da administração do grupo ao longo de seis meses de negociação.
A Navigator afirma-se surpreendida e lembra que reduziu o horário de trabalho de 40 para 39 horas semanais, em 2019, e e 39 para 38 horas semanais a partir de 2020.
Lembra que garante fundo de pensões a todos os colaboradores e que tem atribuído prémios de performance que nos últimos cinco anos totalizaram cerca de 80 milhões de euros.
Nos últimos quatro anos, revela também o comunicado, 58% dos trabalhadores tiveram progressões na carreira, sendo que no mesmo período de tempo foram contratados 62 colaboradores.
A greve é válida entre as zero horas de dia 13 e as 24 horas de dia 16.
A Federação Intersindical das Indústrias Metalúrgicas, Químicas, Elétricas, Farmacêutica, Celulose, Papel, Gráfica, Imprensa, Energia e Minas (Fiequimetal” justifica a greve em defesa de um reenquadramento salarial e revisão do plano de carreiras.
E explica que a decisão de avançar para esta forma de luta foi tomada face à “intransigência da administração do grupo, durante mais de seis meses de negociação”.
Exige a atribuição imediata, a todos os trabalhadores, das categorias profissionais e dos salários correspondentes às funções desempenhadas; compensação monetária aos trabalhadores que estiveram desenquadrados das categorias profissionais e um Plano de Carreiras aplicável a todas as empresas do Grupo.