António Jorge já está em liberdade depois de cumprir 17 anos e sete meses de pena dos 25 anos a que tinha sido condenado pelo Tribunal de Ílhavo pelo duplo homicídio dos pais.
TóJó, de 40 anos, cumpriu a pena, em Coimbra, e foi libertado esta terça depois de um trajeto considerado irrepreensível na cadeia onde fez formação na área da contabilidade e finanças.
O crime de Vale de Ílhavo foi notícia em Agosto de 1999 e deixou em choque a comunidade. Inicialmente associado a rituais satânicos, por ter ocorrido horas depois do último eclipse solar do milénio e devido às ligações de Tojó a um grupo de death metal, o crime viria a ser investigado pela PJ que conclui pela existência de móbil financeiro.
A ex-mulher e um amigo responderam em tribunal mas acabaram ilibados. A defesa diz que António Jorge quer seguir em frente com a sua vida sem reavivar as memórias do passado revelando "arrependimento".
A saída do estabelecimento prisional aconteceu, esta terça, de forma discreta, com o advogado Pedro Vidal a garantir aos meios de comunicação que Tojó “está feliz e ansioso para refazer a sua vida” afirmando-se como “um homem mudado”.
Ao que tudo indica Tojó irá ficar a viver em Coimbra com familiares e não poderá ausentar-se da residência por mais de cinco dias sem autorização do tribunal.