Sindicato acusa Navigator de penalizar avaliação dos trabalhadores associados a greve de 2024.

O Sindicato dos Trabalhadores das Indústrias Transformadoras, Energia e Actividades do Ambiente do Centro Norte acusa a Navigator de penalizar a avaliação dos trabalhadores que aderiram à Greve de final de ano em 2024.

Alegam que a empresa terá utilizado as avaliações de desempenho para castigar os trabalhadores que participaram em ações de luta, incluindo a greve.

O sindicato cita denúncias feitas por trabalhadores depois de receberem “notas baixas” e “avaliações negativas” que associam à adesão à greve, o que impacta diretamente nas promoções, salários e até já levou alguns trabalhadores a rescindirem o seu contrato com a empresa.

"Recebi uma nota inferior à mínima exigida, mesmo com um histórico de bom desempenho há mais de vinte anos. O meu superior deixou claro, ainda que de forma velada, que isso se deveu à minha participação na greve", afirmou um trabalhador, citado pelo sindicato.

O SITE CN classifica a medida como “ilegal e inconstitucional”, destacando o direito à greve como “direito fundamental, garantido pela Constituição da República Portuguesa”.

Avança com queixa junto da ACT e está a reunir todos os elementos de prova para acionar os mecanismos legais necessários e adequados no sentido de defender os trabalhadores.

A greve de 3 dias, ocorrida nos dias 26, 27 e 28 de Dezembro de 2024, foi convocada após o fracasso nas negociações dos aumentos salariais para 2025, assim como por melhores condições de trabalho.

Houve paragem total de produção de pasta e de energia nos 3 dias da greve.

Confrontada pelos trabalhadores, a empresa negou qualquer retaliação e afirmou, que “as avaliações de desempenho seguem critérios técnicos e objetivos, sem qualquer relação com ações sindicais ou greves”.