Começa a ser julgado, esta terça-feira, no Tribunal da Feira, um homem de 34 anos acusado de ter burlado uma mulher através da aplicação Mbway. Em vez de comprar uns bancos, burlou a vendedora em 570 euros, que retirou da sua conta bancária.
Em 2018, o arguido, residente em Setúbal, mostrou-se interessado em comprar dois bancos pelo valor de 100 euros, cada um. Fazendo-se passar por mulher, contactou a proprietária através de WhatsApp, afirmando que estava interessado em adquirir os mesmos, mas por 180 euros. Verba que a vendedora acabou por aceitar.
Combinou pagamento através da aplicação Mbway, explicando à mulher que teria que aceder a aplicação num Multibanco, introduzir o contacto telefónico por si indicado e fornecer-lhe o código gerado no momento. Sem conhecer o funcionamento desta aplicação, a vendedora seguiu os passos dados pelo arguido.
Mais tarde, contacta novamente a mulher a dizer que queria apenas adquirir um dos bancos, pelo valor de 90 euros. Pediu a esta para efetuar o mesmo procedimento no Multibanco, o que esta acatou.
Ainda nesse mesmo dia, a vendedora recebeu outra mensagem remetida pelo arguido, dizendo que, afinal, só pretendia adquirir os dois bancos, pelo montante global de 170 euros, e que esta efetuasse todos os procedimentos na aplicação Mbway anteriormente descritos, mas digitando as quantias de 130 e 40 euros e lhe enviasse a mensagem com os códigos gerados, o que aquela fez.
Não satisfeito, volta a contactar a mulher para desta vez lhe dizer que tinha adquirido, nesse dia, um IPhone e que, desse modo, tinha ultrapassado o seu limite diário para efetuar o pagamento dos bancos. Pediu novo procedimento no multibanco, com a quantia total de 170 euros e respetivo envio do código, prometendo pagar no dia seguinte.
Ou seja, em vez de receber a quantia desejada, a mulher acabou por enviar os códigos que permitiram ao alegado comprador retirar da conta desta as quantias atrás referidas, num total de 570 euros.
A mulher participou às autoridades que, após diligências, acabaram por descobrir o esquema fraudulento e seu responsável que vai, agora, responder em tribunal por um crime de falsidade informática e outro de burla informática e nas comunicações.
Fonte: JN