A Quercus Aveiro alerta para ameaças sobre Zonas Húmidas.
No momento em que se comemora o Dia Mundial das Zonas Húmidas, os ambientalistas lembram que têm pedido explicações sobre o abate indiscriminado da galeria ripícola no rio Vouga, no concelho de Albergaria-a-Velha, e nas margens do rio Cértima.
“Estas intervenções destruíram grande parte da galeria ripícola, promoveram a erosão das margens e potenciaram a expansão descontrolada de espécies invasoras. No entanto, não obteve qualquer resposta”.
A Quercus Aveiro está a acompanhar e a monitorizar diversas situações de pesca ilegal no rio Vouga e na Ria de Aveiro, bem como o despejo de lixos, entulhos e outros resíduos nas margens do rio Vouga e o despejo de efluentes poluentes na Pateira de Fermentelos e rios Águeda, Caima, Cértima e Ul.
A Quercus alerta para a necessidade de se elaborarem e aplicarem programas de restauração ecológica das zonas húmidas, que incrementem a qualidade e extensão do tratamento de efluentes agrícolas, urbanos e industriais; que orientem os fundos comunitários para ações dirigidas à conservação de habitats higrófilos e para a reabilitação de outras zonas húmidas ameaçadas; aplicação de programas locais de erradicação e controle de espécies invasoras e incentivar o desenvolvimento de programas locais de valorização das zonas húmidas.
Uma das medidas de efeito imediato é a interdição à utilização de chumbo nas munições de caça em todas as zonas húmidas e aumentar as zonas de interdição da caça.
“A Quercus reitera que é absolutamente necessário que o ano de 2021 seja o ano do arranque da elaboração dos Planos de Gestão, o ano da avaliação das incorreções de alguns dos limites dos Sítios de Importância Comunitária e de Zonas de Proteção Especial para as Aves e da designação de novos Sítios”.