Portugal ultrapassou, esta segunda-feira, a barreira dos 350 mil casos de covid-19 notificados desde o início da pandemia, num dia com mais 90 mortos, quarto pior dia de sempre.
Com os 2194 casos reportados esta segunda-feira no boletim diário da Direção-Geral da Saúde (DGS), Portugal registou, até agora, 350938 infeções associadas à covid-19 desde o início da pandemia, a 2 de março.
O dia fica marcado, ainda, pelo registo de mais 90 óbitos, elevando o total de vítimas mortais da pandemia para 5649. É o quarto pior dia com mais mortos desde o início da pandemia, só superado pelo máximo de 98, reportado no domingo, os 95 de sexta-feira e os 91 de 16 de novembro.
Entre os 90 mortos, regista-se uma vítima mortal, mulher, na faixa etária abaixo dos 30 anos, um dia depois de ter falecido um jovem com menos de 20, e três óbitos (um homem e duas mulheres) no escalão 40-49 anos. Prova de que a covid-19 não mata só os mais velhos, há mais um óbito na faixa etária abaixo dos 60 anos (uma mulher) e seis no escalão 60-69 anos (quatro homens e duas mulheres).
É um facto, repetido dia após dia, os mais velhos são os mais penalizados pela doença causada pelo vírus da SARS-CoV-2. Das 90 vidas perdidas nas últimas 24 horas, 63 (24 homens e 34 mulheres) tinham mais de 80 anos. Números que representam 70% do total de óbitos diários, numa faixa etária que representa 67,5% do total de mortes desde o início da pandemia.
O escalão dos 70-79 anos perdeu mais 16 pessoas (onze homens e cinco mulheres) nas últimas 24 horas, números que equivalem a cerca de 18% do total diário, ligeiramente abaixo da percentagem de letalidade nesta faixa etária, que ronda os 20% desde o início da pandemia.
Um registo elevado, o terceiro pior deste mês, com vítimas mortais apenas no território continental. Interrompendo uma tendência vincada na segunda vaga, a Região de Lisboa e Vale do Tejo (RLVT) foi a mais penalizada pela mortalidade, anotando 32 mortos nas últimas 24 horas, para um acumulado de 1951 vítimas mortais desde o início da pandemia.
A Região Norte, a mais afetada pela pandemia, reportou 29 mortes associadas à covid-19, o número mais baixo em quase mês e meio, desde os 24 óbitos registados a 21 de novembro. No total, 2688 pessoas perderam a vida devido à doença causada pelo novo coronavírus na região mais setentrional de Portugal.
Entre o Norte e Lisboa e Vale do Tejo, a Região Centro registou um novo máximo diário de óbitos. Com 24 óbitos nas últimas 24 horas, superou os 21 de sábado, para um acumulado de 776 mortes associadas à covid-19 desde o início da pandemia.
O Alentejo, com mais três mortes, soma, agora, 148 vítimas mortais da pandemia, enquanto o Algarve lamenta a perda de mais duas vidas nas últimas 24 horas, para um total de 61 desde que o vírus começou a matar.
Nas ilhas, não há óbitos a registar.
A Região Norte registou menos de mil casos de covid-19 pela primeira vez desde 19 de outubro, quando havia anotado 987 infeções, um número confirmado cinco dias depois do que, agora, parece ser o início da segunda vaga em Portugal, 14 de outubro, há precisamente dois meses, quando região mais setentrional do país registou mil casos diários. Com os 936 casos desta segunda-feira, o acumulado está agora nos 185535.
É segunda-feira, dia tradicionalmente com menos registos, mas, ainda assim, é de salientar, também, a quebra de novas infeções anotadas na Região Centro, que recuou para 255 novos casos, número equiparado aos de meados de outubro, há cerca de dois meses. No total, a covid-19 afetou 36871 pessoas na região.
Na região de Lisboa e Vale do Tejo os números desta segunda-feira são mais a regra e menos a exceção: 777 novos casos após cinco dias acima ou a roçar as mil infeções diárias, elevando a contagem total para 113781.
O Alentejo, com 101 casos, manteve-se acima da barreira centenária, mas registou os números mais baixos em uma semana, elevando o total de infeções 66 acima das oito mil.
O Algarve manteve-se na casa das 60 infeções diárias, pelo quinto dia consecutivo, registando, curiosamente, 66 novos casos, igual soma à notificada no domingo. O total desde o início da pandemia vai, agora, em 6029.
Nas ilhas, destaque para o recorde de 62 casos notificados nos Açores. Um máximo desde o início da pandemia a que não serão alheiras as campanhas de rastreamento que decorreram no arquipélago açoriano durante a semana. O total vai em 1076 desde o primeiro notificado nas "ilhas de Bruma", a 16 de março.
Na madeira, há 24 novos casos, com o total nos 1076 desde o início da pandemia.