Portugal contabiliza, esta segunda-feira, mais 1949 casos de covid-19, ultrapassando a barreira dos 100 mil desde o início da pandemia. Nas últimas 24 horas, foram registados mais 17 óbitos.
É um número redondo, sinónimo de um problema bicudo. Portugal ultrapassou, esta segunda-feira, a barreira dos 100 mil casos de covid-19, um terço dos quais nos últimos 30 dias. Entre 19 de setembro e a data de hoje, 19 de outubro, dia em que se registaram mais 1949 infeções pelo SARS-CoV-2, foram acrescentados mais 34684 casos, 34% do total desde o início da pandemia, que ascende, agora, a 101860.
O boletim diário da Direção-Geral da Saúde (DGS), com dados fechados à meia-noite de domingo, registou, ainda, 17 vítimas mortais, elevando para 2198 o total de óbitos desde o início da pandemia, a 2 de março. A segunda vaga alastra aos hospitais, que registam números de internados só vistos no início da pandemia: com mais 88 hospitalizados, são agora 1174 os doentes ao cuidado dos hospitais, 165 dos quais em unidades de cuidados intensivos (UCI), mais 10 que no domingo.
Desde de abril, quando se atingiu um máximo de 1302 internados (no dia 16), que não se registavam números tão elevados de pessoas a precisar de tratamento hospitalar. O número de pessoas em UCI também remete para memórias dos idos de abril, quando, a 30, havia 172 pessoas em estado grave.
Das 17 vítimas mortais assinaladas nas últimas 24 horas, 12 residiam no Norte de Portugal, duas no Centro e três na Região de Lisboa e Vale do Tejo.
Contas feitas, há 39696 casos ativos de covid-19 em Portugal, mais 966 do que no domingo, e 55425 pessoas em vigilância, 574 das quais indicadas nas últimas 24 horas.
A segunda vaga traz números gordos e nem todos são maus: mais 966 pessoas foram dadas como recuperadas da doença nas últimas 24 horas, elevando para 59996 o total de portugueses que bateram o pé ao novo coronavírus.
Os mais velhos continuam a ser os mais afetados pela mortalidade da covid-19, com as últimas 24 horas a ceifarem mais 12 pessoas com mais de 80 anos (sete homens e cinco mulheres). No escalão imediatamente anterior, dos 70-79 anos, morreram duas mulheres e um homem. Há ainda o registo de dois óbitos masculinos na faixa entre os 60-69 anos.
A Região Norte continua a ser a mais afetada pela mortalidade da covid-19, tendo perdido mais 12 vidas nas últimas 24 horas, para um total de 971 óbitos desde o início da pandemia. A zona mais setentrional do país, por onde a pandemia terá entrado, acumulou 987 casos desde domingo, descendo abaixo da fasquia das mil infeções diárias pela primeira vez em sete dias.
Com o país a registar menos de dois mil casos de covid-19 pelo segundo dia consecutivo, a que não será alheio o facto de ser a ressaca do fim de semana, quando parece haver normalmente menos dados inseridos no sistema, a Região Centro somou mais 133 positivos, para um acumulado de 8347. As vítimas mortais ascendem agora a 279, após o registo de mais dois óbitos, até às 24 horas de domingo.
A RLVT, que regista o maior acumulado de infeções (48161 desde o início da pandemia), assinalou mais 749 casos nas últimas 24 horas, período em que anotou mais três óbitos, para um total de 884 vidas levadas pelo SARS-CoV-2 na zona da capital, desde que a pandemia entrou em Portugal.
No Alentejo registaram-se 35 casos pelo segundo dia consecutivo, para um acumulado de 2026 infeções, com o número de vítimas mortais a manter-se em 27, desde sexta-feira, quando foi registado o último óbito naquela região.
Mais a Sul, a situação é idêntica, com 22 óbitos, o último na sexta-feira, e um acréscimo de 32 casos (mais quatro do que no domingo), para um acumulado de 2331.
Nas ilhas, não há óbitos na Madeira, enquanto os Açores não registam qualquer vítima mortal desde 12 de maio. Quanto a casos, são agora 325 no arquipélago açoriano (mais sete que no domingo), enquanto a "Pérola do Atlântico" acrescentou mais seis infeções ao registo, para um total de 334.
Porque hoje é segunda-feira, o boletim inclui, também, dados sobre a infeção por concelho. O de Lisboa é o mais afetado, com 8241 casos registados desde o início da infeção, seguido por três concelhos da área da capital: Sintra, 6763, Loures, 3891 e Amadora, 3472.
Cascais, 2695, Odivelas, 2676, Oeiras, 2131 e Vila Franca de Xira completam os locais mais afetados pelo vírus, na órbita da Grande Lisboa.
Há ainda, um outro foco do vírus, em torno da segunda cidade do país, com Vila Nova de Gaia a contabilizar 2888 casos, mais quatro que os 2884 do Porto. Segue-se Matosinhos, com 1929, Gondomar, 1523, Maia com 1418 e Valongo, 1160.