Estarreja testou, esta manhã, os meios operacionais de resposta a um acidente no transporte de matérias perigosas.
O exercício estava previsto no Plano de Emergência Externo (PEE), um Plano específico para ocorrências relacionadas com a indústria química.
O simulacro activou vários agentes e organismos de Proteção Civil e entidades de apoio perante a simulação de um acidente que envolveu duas cisternas, um autocarro, uma viatura ligeira e várias 'vítimas'. Este exercício decorreu no Eco Parque Empresarial de Estarreja, na Variante Norte/EN 224, e utilizou mais de 150 agentes e figurantes.
O exercício testou a comunicação e coordenação entre entidades, simulando um cenário de acidente no transporte de mercadorias perigosas, provocando derrame de uma substância tóxica, (benzeno).
Para o Comandante Geral de Operações de Socorro, de Aveiro, José Bismark, é importante testar a segurança naquele que é o segundo maior Parque ou Complexo Industrial Químico de Portugal. (com áudio)
José Bismark realçou que este tipo de intervenções "são especificas" porque, na prática, quem socorre neste tipo de acidentes erais, sujeita-se a consequências físicas muito graves, até fatais. "Uma coisa é a gestão de um acidente no quotidiano, sem matérias perigosas. Aqui, tem de se fazer a gestão de matérias perigosas. Em locais onde ninguém pode estar temos de tomar medidas muito rigorosas. Estes ambientes são muito perigosos. Quem lá vai para salvar tem de ter tudo salvaguardado por que se isso não acontecer, os socorristas morrem", vincou José Bismark, Comandante do CDOS.
Diamantino Sabina, Presidente da Câmara de Estarreja, realçou a importância de realização deste tipo de simulacros que são uma imposição legal. "Isto tem a ver com uma disposição legal. Tem de ser feito. A Lei obriga a que os Planos sejam postos em prática. Os Planos de Emergência são exercitados, aqui, obrigatoriamente", disse na Terra Nova.