A PJ confirma a detenção de um homem suspeito dos crimes de abuso sexual de crianças, de Violação e de Pornografia de menores.
O sujeito, de 24 anos, ficou em prisão preventiva.
A Polícia Judiciária, através do Departamento de Investigação Criminal de Aveiro, confirma que há “fortes indícios” da prática dos crimes de abuso sexual de crianças, de violação e de pornografia de menores, dos quais foram vítimas várias crianças de idades compreendidas entre os 11 e os 15 anos.
No âmbito da busca domiciliária realizada na casa do suspeito, foram encontrados milhares de conversações estabelecidas com menores do género feminino, através do Messenger, plataforma de comunicações electrónicas da rede social Facebook, contendo centenas de ficheiros multimédia – vídeo, imagem e áudio – em que as crianças aparecem desnudadas, com plena exibição e manipulação de zonas corporais intimas.
Todos estes ficheiros terão sido obtidos pelo arguido com recurso a um perfil de utilizador fictício, usando um nome e uma atraente foto de um jovem que não lhe correspondem.
A PJ refere que os envios iniciais por parte das vítimas foram de livre vontade, na sequência do convencimento pelo arguido nesse sentido, passando depois a uma fase de coação, sob ameaça de divulgação dos conteúdos digitais que tinha na posse, quando elas começaram a recusar fazer os vídeos e as fotografias que ele as instava a enviar-lhe.
A investigação vai prosseguir no sentido de tentar identificar o maior número possível das inúmeras vítimas existentes, a partir da análise da imensidão de dados apreendidos e da realização de perícias forenses de informática.
A PJ admite que a pandemia veio trazer aumento deste tipo de casos.
“Ainda que sem balanços definitos, relativamente ao ano em curso, existe a perceção, comungada por estruturas internacionais como a Interpol e a Europol, que a realidade pandémica fez aumentar a ocorrência de crimes, em ambiente digital. É, portanto, da maior relevância, sublinhar a importância preventiva de promover comportamentos, que diminuam as situações de exposição das vítimas, em ambiente digital e nas redes sociais”.