Portugal reportou oito mortes e 1782 casos de covid-19 nas últimas 24 horas, período no qual dispararam os internamentos hospitalares e a incidência passou dos 300.
A Direção-Geral da Saúde registou 1782 casos e oito mortes associadas à covid-19 nas últimas 24 horas. Números que elevam o total de infeções para 909756, desde o início da pandemia, período no qual morreram 17164 pessoas.
Nos hospitais, os internamentos aumentaram para 729, mais 57 de domingo para segunda-feira, dos quais 163 nos cuidados intensivos, mais 10 do que ontem.
O total de internados só é superado pelo registo de 23 de março (743 doentes hospitalizados), enquanto o número de doentes graves está ao nível dos 165 reportados a 22 do mesmo mês.
Nos idos de março, com a terceira vaga a definhar, Portugal registava cerca de 450 novas infeções por dia (1782 hoje) e tinha pouco mais de 32 mil casos ativos, menos 11 mil que os atuais 43 mil.
O total de casos de hoje revela uma quebra de 541 face aos 2323 registados no domingo, mas evidencia uma tendência de subida, quando se compara apenas as segundas-feiras, normalmente dias com menos casos reportados, devido ao encerramento de laboratórios no fim de semanas.
Comparando com a segunda-feira da semana passada, os 1782 casos de hoje representam um aumento de 299 infeções face às 1483 de há oito dias e mostram uma subida praticamente para o dobro tendo em conta os 902 casos de há 15 dias.
É a pior segunda-feira desde os 2505 casos reportados a 8 de fevereiro, no fim da terceira vaga da pandemia, quando o país tinha mais de 140 mil casos ativos de covid-19, com 6344 pessoas hospitalizadas, 877 das quais nos cuidados intensivos.
Com oito mortes pelo segundo dia seguido, a covid ceifou já 60 vidas nos primeiros 12 dias do mês de julho. Superou os 51 mortos de maio e, a este ritmo, ameaça superar os 71 óbitos reportados no mês de junho.
As vítimas mortais são dois homens, com mais de 70 anos e menos de 79, e quatro homens e duas mulheres com mais de 80 anos, a faixa etária mais afetada pela mortalidade da covid-19, que ceifou 11257 vidas entre os mais idosos, 65% do total de 17164 óbitos registados a nível nacional.
A região de Lisboa e Vale do Tejo (LVT) é a mais afetada pelo vírus. Regista o maior número de óbitos desde o início da pandemia, 7308, e de casos, 355093. Números para os quais contribuíram as 864 infeções e três mortes registadas nas últimas 24 horas.
A Região Norte, a mais afetada na primeira vaga, reportou mais dois óbitos (5376 no total) e 536 novos casos, 353938 desde 2 de março de 2020.
Outros dois óbitos foram reportados na Região Centro, que somou 87 novos casos nas últimas 24 horas, acumulando, assim, 124675 infeções e 3032 mortes desde o início da pandemia.
A outra vítima mortal reportada esta segunda-feira pela DGS foi reportada no Algarve, um dos focos principais da quarta vaga da pandemia. O extremo sul de Portugal somou mais 202 casos, elevando os totais para 27544 infeções e 370 mortes.
Entre o Algarve e Lisboa, o Alentejo soma 31828 casos (mais 38) e 974 óbitos.
Nas ilhas, destaque para os 40 novos casos nos Açores, que somou 6590 infeções, das quais resultaram 34 óbitos, desde o início da pandemia. No mesmo período, a Madeira reportou 10088 casos (mais 15 nas últimas 24 horas) e 70 mortes.
Segunda-feira é dia de matriz de risco, e os dados mostram uma subida forte na incidência, que passou de 272 para 315,6 casos por 100 mil habitantes, a nível nacional. Descontando as ilhas dos Açores e Madeira, a subida foi de 280 para 325,2.
Com o país no vermelho carregado da matriz de risco, destaque para a descida do índice de transmissão, o R(t), que caiu de 1,18 para 1,16, a nível nacional. No continente, a quebra foi mais acentuada, de 1,19 na sexta-feira para 1,16 esta segunda-feira.
Fonte: Lusa