Fernando Valente acusado do homicídio e desaparecimento de Mónica Silva.
A grávida da Murtosa que está desaparecida há pouco mais de um ano terá sido alvo dos crimes de homicídio e profanação de cadáver.
Esta é a tese do Ministério Público agora que foi deduzida acusação contra o principal suspeito que se encontra em prisão domiciliária.
O Ministério Público de Estarreja acredita que o empresário Fernando Valente manteria uma relação com Mónica Silva e que o anúncio de uma gravidez precipitou os acontecimentos.
Acusa o empresário de ter arquitetado e executado um plano para fazer desaparecer a mulher grávida e o feto.
Valente está acusado dos crimes de homicídio qualificado, aborto, profanação de cadáver, acesso ilegítimo e aquisição de moeda falsa para ser posta em circulação.
O despacho de acusação, datado de 4 de novembro, analisa os contornos e aponta para crime cometido a 3 de outubro, poucos dias depois de Mónica Silva ter comunicado a Fernando Valente a gravidez.
A acusação aponta para um quadro em que Valente queria apagar todas as ligações à vítima.
"Já com sete meses de gestação, no dia 29 de setembro de 2023, a vítima comunicou ao arguido esse seu estado e este, por forma a evitar que lhe viesse a ser imputada a paternidade e beneficiassem do seu património, decidiu matar a vítima e o feto que esta gerava".
O MP detalha o alegado plano e diz ter encontrado pesquisas sobre a eliminação de conversas mantidas com a vítima e provas da contratação de uma operação de limpeza com recurso a químicos fortes para eliminar vestígios no apartamento da Torreira onde teria sido cometido o crime.