A Associação pela Mobilidade Urbana em Bicicleta apresenta o manifesto por uma cidade inclusiva.
O Dia da Mulher é aproveitado para deixar perspetivas femininas da cidade.
Os ativistas prometem juntar-se, hoje, em Aveiro, Lisboa e Porto para celebrar as mulheres que andam de bicicleta.
Vários coletivos de norte a sul do país juntam-se para fazer 8 reivindicações, por um ambiente urbano e de mobilidade mais propício ao uso da bicicleta e inclusivo.
Maria Miguel Galhardo, da Ciclaveiro, afirma que as cidades estão a mudar mas ainda em ritmo lento (com áudio)
O manifesto defende o aumento da participação no processo de construção urbana, em particular no que toca ao urbanismo e à mobilidade, desde o planeamento, à decisão e execução; exige segurança para circular de bicicleta; defende o fim do assédio, de violência física ou verbal sempre que circula em espaço público, reivindica uma infraestrutura ciclável confortável, segura e bem iluminada e o lançamento de campanhas que promovam a igualdade de género e a não discriminação.
Para Inês Pascoal, dirigente da MUBi, "desenhar as nossas cidades para as necessidades das mulheres, é planear as cidades para todas as pessoas”.
“Em termos de mobilidade, o número de mulheres ciclistas numa cidade é um indicador da sua ciclabilidade. Em Lisboa, por exemplo, as mulheres representam apenas 26% das pessoas que utilizam a bicicleta, pelo que fica evidenciada uma disparidade de género na utilização deste meio de transporte sustentável. Cabe-nos perceber as causas dessa diferença, e trabalhar através de medidas concretas. É o que este manifesto pretende, definir algumas medidas prioritárias para termos cidades mais inclusivas."