A associação pela mobilidade urbana pede medidas para reduzir a velocidade na cidade e com isso os riscos de acidente para os utilizadores de bicicleta em Aveiro.
Na sequência de mais dois atropelamentos, na última semana, a MUBi Aveiro vem a público pedir a melhoria das condições de segurança de circulação pedonal e em bicicleta na cidade, em particular nos principais eixos de acesso e nas avenidas mais movimentadas.
Aponta como risco o “volume de tráfego excessivo, velocidades excessivas, espaço rodoviário desajustado a meio urbano, vias cicláveis - quando existentes - com planeamento deficiente, estacionamento ilegal”.
O movimento apela à aplicação de medidas que fomentem a redução de velocidade.
“É fundamental baixar as velocidades em meio urbano. Impõe-se que sejam implementadas medidas físicas de redução efectiva de velocidade dos veículos motorizados, especialmente na proximidade de escolas, áreas residenciais e junto a locais de atravessamentos de peões e ciclistas”.
A MUBi defende a sobrelevação das intersecções e piso rugoso, estreitamento das vias e quebras da linha de continuidade do tráfego motorizado podem induzir um maior cuidado dos condutores.
“É igualmente importante que sejam melhoradas as várias intersecções, tornando os utilizadores vulneráveis mais visíveis, bem posicionados na via e em condições de, atempadamente, poder estabelecer contacto visual perante os condutores motorizados”.
A MUBi lamenta a secundarização das vias dedicadas nas Avenidas Dr. Lourenço Peixinho e Santa Joana assumidas como preferidas por utilizadores das bicicletas.
“A Câmara Municipal de Aveiro, contra os interesses dos utilizadores e potenciais utilizadores de bicicleta, optou por um percurso exterior ao centro da cidade pouco útil para a maioria dos ciclistas e que a quase totalidade dos ciclistas indicou como sendo a pior solução”.