O Movimento de Amigos da Ria de Aveiro assume já ter sido ouvido no âmbito do inquérito aberto pelo Ministério Público às dragagens na ria de Aveiro.
Paulo Ramalheira foi acompanhado pelo advogado do Movimento, Pedro Tróia, que seguiu a diligência no âmbito deste inquérito do Departamento de Investigação e Ação Penal do Ministério Público de Aveiro, desencadeado por queixas sobre a eficácia dos trabalhos e o cumprimento do caderno de encargos.
“Trata-se de um procedimento habitual neste tipo de inquéritos para recolha e registo de informação”, disse Paulo Ramalheira, citando o advogado que acompanhou o MARIA nesta diligência do Ministério Público.
Através de uma reportagem emitida no programa a Prova dos Factos, da RTP1, no passado dia 17 de junho, ficou a saber-se que o Ministério Publico abriu um inquérito na sequência de duas queixas apresentadas ao Departamento de Investigação e Ação Penal de Aveiro.
A empreitada, orçada em 23 milhões de euros, tem sido objeto de críticas das diferentes comunidades da Ria de Aveiro e de investigadores da Universidade de Aveiro, que, de um modo geral, consideram a obra ineficaz e desperdício de dinheiros públicos.
As empresas responsáveis pela obra ainda estão no terreno, com correções aos muros de contenção entretanto destruídos, para tentar evitar o arrastamento de areias para o leito dragado.
É um dos aspetos criticados nas dragagens e que a Polis tem tentado sustentar salvaguardando o cumprimento do caderno de encargos.
Exigiu essa reparação e assegura que os restantes elementos foram cumpridos de acordo com o estipulado.
Os pescadores temem que tudo não passe de "operação coméstica".
E durante o processo foram apresentados vídeos que deixaram perplexos os utilizadores da ria por verem depósito de dragados próximos dos locais de recolha.