A ADACE, ASPEA E QUERCUS alertam para "indícios de deficiente gestão de resíduos com riscos ambientais em resultado dos erros cometidos na implementação do projecto 'PAYT' no Bairro da Forca, por parte da Câmara de Aveiro".
Em pleno centro de Aveiro, no bairro da Forca-Vouga, "deixam-se os resíduos indiferenciados na rua, só que neste caso a responsabilidade não é dos moradores desse bairro, mas do executivo municipal, que origina esta situação de grande risco para a saúde pública".
No âmbito da implementação do projeto piloto Life Payt, a Câmara Municipal de Aveiro instalou, no dia 16 de setembro no Bairro, 26 contentores "que só podem ser abertos com um cartão eletrónico, tendo retirado todos os outros contentores de deposição de resíduos indiferenciados".
A Câmara Municipal de Aveiro "não garantiu que todos os moradores tivessem acesso ao cartão eletrónico para abrir os contentores do lixo, estando a obrigar muitos moradores a depositarem o lixo na rua, a céu aberto".
A Câmara Municipal de Aveiro "não pode responsabilizar os moradores por falta de adesão, como referem notícias divulgadas, mas deve ser responsabilizada por esta situação que pode indiciar um atentado ambiental e provocar graves consequências em termos de saúde pública, em particular num período de pandemia provocada pela COVID-19".
"Consideramos que o sucesso deste projeto só é possível com um maior e efetivo envolvimento direto da comunidade e dos parceiros locais. É necessário tornar o sistema mais eficiente de modo a constituir-se como uma alternativa viável e um modelo de referência para a redução e gestão eficiente dos resíduos sólidos urbanos".