Investigadores defendem a criação de "palcos" para ouvir as diferentes camadas da população sobre o futuro das cidades.
O Município de Ílhavo e a Universidade de Aveiro iniciam em Novembro os encontros colaborativos do Laboratório de Cidadania pela Proximidade Urbana e os investigadores que trabalham neste projeto defendem que as sociedades devem trabalhar para os diferentes interlocutores.
Este projeto pretende desafiar cidadãos a apresentar projetos para promover a proximidade, através de ações de baixo custo e impacto rápido e visível, relacionadas com os temas da mobilidade, alimentação, energia, economia circular e redes de vizinhança e solidariedade com impacto no território de Ílhavo.
Esta é uma iniciativa integrada no projeto europeu Urban Imprint que tem como objetivo conectar universidades e governos locais para implementar as novas agendas urbanas, nomeadamente a transição climática e digital.
Os primeiros encontros acontecem a 22 e 23 de Novembro.
José Carlos Mota, investigador universitário ligado à dinamização do projeto, diz que as cidades devem pensar seriamente em criar "palcos" para fomentar a participação dos cidadãos.
Conhecido pelo envolvimento em projetos de participação cívica, o docente universitário, foi um dos participantes no encontro promovido, no passado fim de semana, pela delegação de Aveiro da Associação para o Desenvolvimento Económico e Social (SEDES) sobre “Os novos desafios do urbanismo e da habitação”.
E foi nesse encontro que chamou a atenção para as tensões que as cidades enfrentam e para a necessidade de encontrar mecanismos para poder ouvir os cidadãos.
Mota lembra que se vivem momentos de "frustração" e que é necessário dar palco a quem o não tem (com áudio)
José Carlos Mota, docente e investigador da Universidade de Aveiro, em defesa de boas práticas para uma “cidade inteligente e sustentável”.