O Mar Film Festival arranca este fim de semana para celebrar os filmes e documentários de temática marítima.
Este sábado (12) e domingo (13) são dedicados a filmes estreados em 2020.
No sábado, dia 12, a partir das 21h30, há para ver a curta de animação “Lascas” e o filme concerto “Sol Posto – Capitão Fausto”.
Realizada por Natália Azevedo Andrade, a primeira foi uma das curtas que mais circulou em festivais internacionais e é uma produção europeia que une Hungria e Portugal.
“Sol Posto – Capitão Fausto” apresenta versões inéditas do repertório da conhecida banda portuguesa e três performances gravadas ao vivo e em exclusivo para o filme que se destacam por acontecerem em três momentos do dia: crepúsculo, noite e alvorada.
O filme realizado por Ricardo Oliveira mostra os aspetos da experiência de um concerto e é uma oportunidade de quebrar a barreira física entre palco e plateia ao aproximar o espetáculo do espectador.
Os Capitão Fausto salientam que a película traz “uma reflexão sobre a passagem do tempo e sobre a sua perceção, e assim como enfrentamos a ideia de um período de ponderação em vez de ação, e de suspensão em vez de concretização, acontece durante as horas de Sol Posto, palco do descanso, da reclusão, dos sonhos e dos planos, da escuridão, da espera e do desconhecido.”
O domingo,13 de novembro, é dedicado a documentários que cruzam filmagens entre o passado e o presente.
As obras “O que Não se Vê” e “Se o Mar Deixar” são exibidas a partir das 16h.
“O que não se Vê” é um documentário construído a partir de viagens de pesquisa para um filme nos Açores, entre 2015 e 2016, nas ilhas do Pico e Faial.
Anos mais tarde, ao voltar ao material captado, o realizador encontrou um outro filme.
Um filme escondido, em que o poder da Natureza e o Acaso revelam uma narrativa sobre a amizade, o cinema e a influência do imprevisto na criação artística.
“Se o Mar Deixar” é o resultado de 15 anos de filmagens onde se cruzam o olhar de Pedro Aguilar, autor das imagens, e de António Escaleira, um pescador de Azenha do Mar e se narra a história de uma grande amizade entre dois amigos provavelmente improváveis.
Até ao fim do mês há mais dois fins de semana de cinema.
Entre 19 e 20, destaque para a “Secção especial: António Campos”.
No ano do centenário do nascimento do pioneiro no género docuficção em Portugal o festival recua a 1975 para uma secção especial, com exibição do filme “Gente da Praia da Vieira” e da curta “A Festa”.
Além das obras de António Campos, os dias são dedicado a filmes de 2021. A 26 e 27 de novembro mostram-se estreias de 2022.