A Unidade Local de Saúde da Região de Aveiro faz balanço aos 6º aniversário da Hospitalização Domiciliária.
Há seis anos, no dia 2 de maio, iniciava-se, no então Centro Hospitalar do Baixo Vouga, a Hospitalização Domiciliária e os números gerais acentuam a oportunidade da aposta.
Durante este período (2 de maio de 2019 a 30 de abril de 2025) foram admitidos 2319 doentes (1215 do sexo feminino e 1104 do sexo masculino), com uma média de idades de 73.6 anos (mínimo 18 anos; máximo 104 anos), o que corresponde a uma taxa de ocupação de 91.47%.
Em média, foram feitas, 18 visitas diárias, com uma duração média de 29 minutos cada e 17 minutos em deslocações.
Já a demora média do internamento em Hospitalização Domiciliária foi de 8.05 dias, o que corresponde a 18 863 dias de internamento.
A esmagadora maioria dos doentes admitidos em Hospitalização Domiciliária foi admitida a partir do Serviço Urgência/Sala Observações (1229), seguido do Internamento (771 e 170 de outros Serviços), sendo que, por fim, foram 149 os doentes enviados pela Consulta Externa (possivelmente, 149 episódios de urgência que foram evitados).
A maioria dos doentes internados em Hospitalização Domiciliária pertence ao Concelho de Aveiro (1039 doentes, distribuídos pelas várias freguesias), seguindo-se o Concelho de Ílhavo (570 doentes), Vagos (197 doentes), Albergaria (190 doentes) e Estarreja (109 doentes).
Oliveira do Bairro e Águeda, limitam a área de ação a Este e contam com cerca 183 doentes internados nas várias freguesias.
Atualmente, a Equipa da Unidade de Hospitalização Domiciliária conta com 4 médicos especialistas, 11 enfermeiros, 1 administrativo e uma frota automóvel de 3 veículos.
Os Inquéritos aos doentes realizados desde o primeiro ano de atividade, apontam para índices de satisfação bastantes elevados, o que motiva bastante toda a equipa.
Entretanto, em 2023, a Unidade de Hospitalização Domiciliária foi certificada pela Direção Geral de Saúde, segundo o modelo de Acreditação da Agência de Calidade Sanitária de Andalucía (ACSA).
A Hospitalização Domiciliária, na generalidade, define-se como um modelo de assistência hospitalar direcionado para a prestação de cuidados no domicílio, a doentes com doença aguda, ou crónica agudizada, cujas condições biológicas, psicológicas e sociais o permitam.
Distingue-se dos cuidados domiciliários dos centros de saúde, pela prestação de cuidados intensivos e altamente especializados em estados agudos e complexos de doença. Oferece um serviço de rigor clínico e, sempre que possível (e se cumpram os critérios de admissão) tem a vantagem, entre outras, de evitar a infeção hospitalar, permitindo aos doentes a recuperação na sua habitação.
No início deste ano já foram seguidos 132 doentes e o máximo anual registou-se em 2021, ano de pandemia, com 483 utentes.