O investigador responsável pelo projeto que prevê uma instalação-piloto, composta por oito linhas de produção, para estudar e demonstrar o funcionamento de um novo sistema de aquacultura, acredita que aos poucos o país dá atenção à economia azul.
Ricardo Calado lidera um projeto assente na aquicultura multi-trófica integrada.
Esta instalação funciona em circuito fechado, com recirculação da água e cumprindo objetivos de sustentabilidade, circularidade e biossegurança.
Garantiu um milhão de euros, através do Programa Operacional Mar 2020, para a instalação de oito linhas de produção, cada uma delas preparada para o cultivo de espécies de águas marinhas e salobras de três níveis tróficos diferentes, em circuito fechado.
A água com nutrientes, libertada no nível trófico anterior, é aproveitada como input no nível trófico seguinte.
O “AquaMMIn” promete abrir novos caminhos na produção em aquacultura e, para Ricardo Calado, este é um momento de viragem na forma como os poderes olham para a economia circular, a sustentabilidade na economia do mar (com áudio)
Esta instalação está montada no ECOMARE, na Gafanha da Nazaré, onde Ricardo Calado vê também aprofundado o compromisso com a economia azul.
O próximo passo é a transformação da depuradora de bivalves em centro de inovação para a aquacultura e a instalação de um cais flutuante para acesso direto do Ecomare à ria.
Ideias que prometem acentuar esse investimento na economia azul (com áudio)
O investigador Ricardo Calado, do Centro de Estudos do Ambiente e do Mar (CESAM) e do Departamento de Biologia e coordenador do projeto AquaMMin adianta que o sistema deverá estar em operação no final de abril de 2021.
A instalação-piloto está montada no recinto do ECOMARE, na gafanha da Nazaré, junto entre o Porto de Pesca Costeira e o Jardim Oudinot.
Em declarações à Terra Nova alertou para a importância de desburocratizar este setor onde os processos se arrastam no tempo.
Fala de processos de licenciamento que são verdadeira "via sacra" (com áudio)