O Festival dos Rios fica marcado pela mensagem do Secretário de Estado do Ambiente que desafia as escolas a limpar rios em setembro.
Emídio Sousa passou pelo encontro da ASPEA em Aveiro e lançou um desafio informal de limpeza de rios, a iniciar em setembro, dirigido às escolas e à comunidade docente durante a sessão de encerramento do Festival dos Rios.
A Associação Portuguesa de Educação Ambiental reuniu 100 participantes no festival na freguesia de Eixo e Eirol.
Em dia dedicado à necessidade de “ação e compromisso” das comunidades locais, para a melhoria dos ecossistemas ribeirinhos, Emídio Sousa notou que qualquer indivíduo tem “papel importante na promoção do ambiente” e sugeriu, como exemplo, o caso das escolas, que poderiam aproveitar o mês de setembro que é dos meses em que os rios e ribeiras possuem menor caudal para promover a sua limpeza.
O evento também foi marcado por uma mesa-redonda dedicada à “Participação ativa dos jovens e da comunidade na proteção e valorização dos ecossistemas ribeirinhos”.
Os vários intervenientes frisaram, de forma geral, a importância da construção de pontes entre os vários intervenientes e de que as soluções só realmente acontecem com o envolvimento local desde o início da resolução das problemáticas.
O presidente da ASPEA, Joaquim Ramos Pinto, destacou a importância de recuperar a memória histórica e coletiva dos rios e ribeiras de forma a perceber o papel que estes ecossistemas assumem nas comunidades locais.
“Como podemos voltar a ter espaços do rio que possam trazer as pessoas e a ter espaços para usufruir deste território? Então, isto pode ser feito a partir da escola, pode ser feito a partir dos grupos de escuteiros, a partir das organizações da administração, seja das juntas de freguesia, seja a partir do ICNF, seja outro organismo público, mas o que é importante é que saia de cada um de nós, do próprio território e que façamos chegar as iniciativas a estas instituições”, explica o dirigente associativo.
“Fazermos este evento hoje aqui é darmos voz a todas as pessoas que participaram neste olhar sobre o Rio, repensar os espaços ribeirinhos e, ao mesmo tempo, querer a transformação para melhor”, conclui Joaquim Ramos Pinto.