A Comissão de Utentes do Hospital Visconde de Salreu analisou os resultados da última avaliação da Entidade Reguladora da Saúde e conclui que faltam dados para perceber se os utentes estão melhor ou pior com a transferência de alguns serviços para Águeda. A Comissão de Utentes diz que “os resultados não podiam ser mais desanimadores”. “A Unidade de Cirurgia de Ambulatório do Hospital Visconde de Salreu, apesar de já se encontrar encerrada, voltou a merecer avaliação máxima ao nível da Excelência Clínica, muito embora tenha visto perder avaliação meritória aos níveis da Segurança do Doente e da Focalização no Utente fruto dos sucessivos desinvestimentos a que o actual Conselho de Administração do CHBV votou o HVS”.
Lembra que uma das razões que foi apresentada para o encerramento desta “Unidade de Excelência” foi a da concentração de recursos numa Unidade semelhante, no Hospital de Águeda, mas diz que essa unidade nem “sequer mereceu avaliação por parte da Entidade Reguladora da Saúde” concluindo que “continuamos sem saber se os doentes da região de Aveiro passaram a ser melhor atendidos em Águeda do que em Estarreja e que não confirma a altamente discutível decisão do Conselho de Administração do CHBV”.
Fala ainda dos resultados da concentração de recursos no Hospital de Aveiro salientando que não há destaques positivos na avaliação da Entidade Reguladora da Saúde justificando com os exemplos do tratamento de AVC, em cuidados intensivos, cirurgia de histeroscopia ou do cólon, sem que o Centro Hospitalar do Baixo Vouga apresente “qualquer resultado de excelência clínica”.
A crítica está centrada no esvaziamento da cirurgia de ambulatório por ser um serviço avaliado com “classificação de excelência clínica”. A Comissão aponta o dedo ao atual Conselho de Administração do Centro Hospitalar acusando a equipa de José Afonso de manter “decisões erradas e contrárias ao interesse público”.