Cidadãos da Gafanha da Nazaré culpam Carlos Borrego pela demora na implementação da barreira eólica que deverá mitigar os efeitos da operação com petcoke no Porto de Aveiro e querem o professor catedrático na Gafanha a discutir o tema com a população.
Em carta aberta dirigida ao antigo Ministro do Ambiente que dirige o Instituto de Ambiente da Universidade de Aveiro, os signatários da carta, identificados como membros da Associação para a Defesa dos Interesses da Gafanha da Nazaré, salientam que o arrastamento da aplicação de medidas começa a estar associado aos estudos que deveriam orientar as intervenções.
Depois de uma nota positiva para o comportamento de Cimpor e administração do Porto de Aveiro sobre a implementação de medidas, Humberto Rocha, João Marçal, Carlos Teixeira, Humberto Vieira, João Vilarinho e Leopoldo Oliveira defendem que faltam alguns dos elementos mais importantes como a barreira eólica contra ventos dominantes, de Norte e Noroeste; a Bacia de Contenção de Lixiviados e Estação de tratamento e a Estação de Monitorização da Qualidade do Ar em permanência.
Além das críticas à forma como se desenvolveu o estudo que concluiu não existir concentração de partículas de modo a alarmar a população, a ADIG lamenta que depois de tanto trabalho seja necessário mais um estudo de suporte à colocação da barreira. E lamenta os atrasos na entrega do estudo a que corresponde o atraso na criação da barreira, algo que a APA anunciava para o final do ano de 2015. “Basta de empatar o processo, pois tudo tem estado dependente dos atrasos e da falta de cumprimento de prazos do Prof. Carlos Borrego. É tempo de resolver o problema do manuseamento do Petcoke e de parar de arranjar estudos atrás de estudos, para ir empatando a solução. Prof. Carlos Borrego a Gafanha está farta dos seus atrasos, está farta de o identificar como o ´empata` de todo este processo”.
foto: ADIG