Especialistas internacionais reunidos na Universidade de Aveiro debatem o potencial dos cabos submarinos ao nível do fornecimento de dados e Portugal quer aproveitar a renovação das ligações às ilhas para reforçar o papel dos cabos em profundidade enquanto fator na gestão de informação.
Já no segundo dia da jornada de trabalho internacional, intitulada “Cabos inteligentes, ciência e sociedade”, os parceiros internacionais falam sobre a recolha de dados em tempo real diretamente do fundo do mar para servir a ciência (oceanografia, geofísica, ambiente, alterações climáticas, etc.) e a sociedade (mitigação do impacto das catástrofes naturais).
Luís Menezes Pinheiro, investigador da Universidade de Aveiro que lidera o Comité Português para a Comissão Oceanográfica Intergovernamental da UNESCO e presidente do Comité de Geociências Marinhas da Comissão Científica para o Mediterrâneo, admite tratar-se de um momento relevante por permitir abordar questões como a segurança mas também a maximização dos dados em diferentes campos.
A renovação da cablagem é a oportunidade de dar um salto com a instalação de sensores que, de outra forma, dificilmente chegarão ao fundo do mar (com áudio)
Cerca de meia centena de invetsigadores de países como Portugal, Estados Unidos da América, Inglaterra, França, Espanha, Suíça, Dinamarca, Noruega, Itália e Japão estudam o reforço do papel a desempenhar pelos cabos inteligentes enquanto fornecedores de informação.
A Universidade de Aveiro, a JTF SMART Cables e o Comité Português para o COI/UNESCO reúnem esses especialistas que estudam estratégias em nome do melhor aproveitamento possível dos dados recolhidos pelo futuro sistema Atlantic CAM (Continente-Açores-Madeira).
Luís Menezes Pinheiro diz que a segurança é, hoje, fator consolidado. Mas admite que há mais desafios para lá da segurança (com áudio)
Meia centena de especialistas nacionais e internacionais despedem-se hoje da Universidade de Aveiro e do evento sobre “Cabos inteligentes, ciência e sociedade”.
O potencial dos cabos submarinos foi abordado em áreas como oceanografia, risco sísmico, tsunamis, entre outros temas.
A reunião de Aveiro é um passo nessa "construção" que reúne parceiros à escala mundial (com áudio).