BioRia apresenta Guia de Campo de Anfíbios e Répteis.

O BioRia apresenta o Guia de Campo de Anfíbios e Répteis

Após a publicação dos guias de campo dos mamíferos e da flora do Baixo Vouga Lagunar, o foco centra-se agora nos anfíbios e répteis presentes na região.

A publicação visa facilitar a identificação das espécies, mas também desmistificar crenças negativas associadas a estes animais.

Entre as espécies descritas encontram-se, por exemplo, o tritão-de-ventre-laranja e a salamandra-lusitânica, anfíbios ameaçados e endémicos (exclusivos) da Península Ibérica, ou seja, não podem ser observados em mais nenhum país do mundo, para além de Portugal e Espanha.

Além de descrever características e habitats, o novo guia conta com fotografias, ilustrações e mapas de distribuição para cada espécie, contribuindo para o conhecimento científico e a conservação do património natural da região.

Para o presidente da Câmara Municipal, Diamantino Sabina, o "projeto BioRia tem sido um marco significativo para a nossa região, não apenas na promoção do Município de Estarreja como um destino turístico de natureza, mas também na contribuição para a conservação da nossa fauna local. Cada espécie catalogada neste guia é uma peça fundamental do nosso ecossistema, e conhecer a sua importância é essencial para a sua proteção."

“Este verdadeiro convite à descoberta dos répteis e anfíbios e da diversidade da fauna da região do Baixo Vouga Lagunar” foi produzido em colaboração com vários especialistas da UA.

O reitor da instituição, Paulo Jorge Ferreira, assina o prefácio da obra e explica que “os répteis e os anfíbios de que trata têm um impacto significativo na sustentabilidade dos ecossistemas e no equilíbrio ecológico. Para além de contribuírem para o controlo da população de algumas espécies e de algumas pragas, são fundamentais no equilíbrio das cadeias alimentares. Atuam como polinizadores e dispersores de sementes, contribuindo para a reprodução e diversidade das plantas, e intervêm na reciclagem de nutrientes no solo, tornando-os disponíveis para outros organismos”.

Além do mais, sublinha Paulo Jorge Ferreira, “os anfíbios são excelentes indicadores ambientais, porque são altamente sensíveis a mudanças na qualidade da água e na saúde dos ecossistemas aquáticos. A sua biologia única, incluindo a capacidade de metamorfose e a pele permeável, têm contribuído para importantes avanços nas áreas do ambiente e da saúde.”

O evento está marcado para as 21h na Biblioteca Municipal de Estarreja com a presença dos autores Ivo Santos, Alexandre Azevedo, Fernando Correia e Victor Bandeira.